I love you




"I hope you don't mind that I put down in words
How wonderful life is while you're in the world"

 Your song by Elton John

Tosquia- relato de uma amadora

Eu achava que já estava perita em "cortar o cabelo". ACHAVA sim!!!

Desde sempre que sou eu que corto o cabelo ao filhote. Desta feita, desde que ele perdeu o medo à máquina, que lha ponho e que, modéstia à parte, fica uma maravilha (melhor do que quando cortava com a tesoura - para quem me conhece pesoalmente e sabe a habilidade que estas minhas mãozinhas de fada apresentam em todos os trabalhos, está concerteza a pensar numa única palavra - óbvio!!!)

Posto isto que penso eu? 
Sou boa. Sou boa a cortar com a máquina e...se me desenrasco com o puto...que venham a mim os (meus) caezinhos.

Tenho 3. Olho para eles e com o indicador esticado, aponto e pisco-lhes o olho - Vão ficar uma maravilha, for sure!
Bom, o fix não precisa mas pisquei-lhe o olho na mesma só para não se sentir deixado de parte.

Comprei a máquina para a tosquia...e hoje...pus mãos à obra!

Devo ainda acrescentar que antes vi um tutorial, no youtube, de como fazer tosquias...a um fox terrier...ainda fiquei mais confiante...apesar de não ter nenhum fox terrier e a senhora do tutorial ter utilizado tesoura de vários tamanhos e feitios, um pente e mais não sei quê para o toticho.

Primeiro ponto que tenho a esclarecer para alguém tão amadora quanto eu e que também vai tentar:

quando se corta o pêlo ao cão...o pêlo cai...às camadas...aos tufos...aos rolhões...mas o pior é quele que cai tão fininho que o que não vai para o chão agarra-se ao cão E à pessoa que tosquia...principalmente À PESSOA QUE O TOSQUIA...neste caso o cão acabou "depilado" e eu GANHEI novos pêlos pelo meu corpo e roupa...parecia, EU, um animal pronto para a tosquia. 
E se pica? Pica e muito. Já me coçava mais que o cão.

Nota mental...na próxima vez...usar o seguinte fato...


Talvez o de gata...quando se tosquia um cão...não seja o ideal...por isso talvez se possa substituir a cabeçada de gata por um capacete de moto...e, é três (quatro) em um, acabam por ganhar um fato para andar de mota, um fato para tosquia e se virmos bem a coisa também serve de fantasia para o carnaval ou outra...


Segundo ponto, fazê-lo num local apropriado. Por acaso fiz na rua (e depois, de apanhar os tufos maiores, foi só passar a mangueira) porque pensei que devia ter mais espaço de manobra nesta primeira vez. Se fizer dentro de casa feche o compartimento e vede tudo muito bem vedado, o aspirador deve trabalhar em simultaneo (talvez seja precisa outra pessoa para segurar no tudo do aspirador) com a máquina tosquiadora. Lembrar: usar fato e capacete x 2 (se a pessoa que segura o aspirador for homem...não usar o mesmo estilo de fato...o cão pode-lhe perder o respeito...além disso, homem está habituado a ter pêlo...até nas fuças...por isso nada como o duchinho após a tosquia...)


Terceiro ponto, a minha primeira cobaia foi o meu mais velhote...é mais paciente...já está habituado a ser escovado, tosquiado (por profissionais em anos anteriores) e banhado...quando lhe meti a máquina não deu qualquer trabalho...ali ficou quietinho à espera de ganhar o seu biscoito no final...não vou dizer que é porque provavelmente, devido à idade, já nem ouviu a máquina e por isso não se assustou, ou não se mexeu porque lhe podia doer as articulações...não! Prefiro pensar que ele sabe ser um cão muito bem orientadinho quando é preciso.


Quarto ponto, fazer penteado na primeira tosquia talvez não seja a melhor ideia...principalmente, como já referi anteriormente, quando a habilidade manual tem uma certa tedência para....NUNCA, ficar perfeita. Portanto, o risco que podem ver mais escuro...foi a parte que deixei mais comprida...

Nevertheless...eis o resultado para os mais curiosos:



Quando tiveres tempo...

Quando tiveres tempo escreve-me!
Quando me escreveres fá-lo com gosto. Com gosto de fazeres saltitar os dedos, de riscares com as pontas e amorteceres os pesos.
Que traduzam o que a lingua articula ainda que presa entre dentes numa boca fechada.
Muda sim, mas não parada.

Quando tiveres tempo escreve-me!
Preciso de sair dos palanques da massa. Preciso encontrar um escorrega ou escada...de vir para fora em camada...quem sabe catapultada.

Quando tiveres tempo escreve-me!
Preciso ser conhecida na essência...a cor que se lixe. Só preciso do que resiste.
Sinto a falta de ser escrita, falada e ouvida.
Só não comeces por Cara mas por Querida...para não me sentir esquecida.

Escreve-me! Por favor. Não me deixes neste turpor.
Deixa os dedos voarem e as ideias cantarem
Só tens que as ouvir e deixares no tempo o texto fluir.