Estava eu a falar com ele e perguntei-lhe:
Eu: - Agora, com mais calma, conta lá melhor a conversa que tiveram ao telefone!
[antes de desenvolver o curto diálogo deixem-me dar-lhes umas luzes(em género de metáfora para a profissão propriamente dita) do que se passou.
Há uma cadeia de restaurantes que tem um chefe principal que escreve todos os menus (sabores do País) dos vários estabelecimentos (mas que raramente come os pratos). Em cada restaurante há um chefe de cozinha e este por sua vez tem os ajudantes.
Com a crise, a cadeia ficou com menos restaurantes, dispensou algum pessoal e agora andam a pressionar alguns dos ajudantes de cozinha a fazerem outros cozinhados. O chefe principal sem falar com o chefe de cozinha, falou diretamente com um ajudante para ele começar a fazer o Burek. O ajudante virou-se para o seu superior imediato, o chefe de cozinha, que lhe encolheu os ombros e à falta de apoio virou-se para o chefe principal e tiveram então o seguinte diálogo:]
Ele: - Neste momento não posso fazer o Burek por motivos pessoais. Faço cozido à Portuguesa muito bem. Sou um dos melhores ajudantes a fazer o cozido à Portuguesa. Você deve saber que terá que pôr alguém a fazer o cozido à portuguesa e que se não for eu terá que contratar alguém, que vai ter que treinar, para que o faça porque é preciso fazê-lo, neste restaurante.
Eu: e ele?
Ele: - Ele começou a gaguejar...
Eu: - Ena, defendeste tão bem a tua posição que ele ficou sem resposta ou argumentação para rebater...
Ele: - Não é isso...ele é gago
Eu: - (....)
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