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Verdade verdadinha


Mentira - 1. Num exercício de incêndio, num edifício onde estava a fazer massagem linfática, vi-me obrigada a vir só com um lençol em cima da pele para a rua! Atiraram-me com uma mangueirada de água, ainda hoje não sei porquê e aquela porra tava fria como o raio, e fiquei visivel por baixo de lençol que se agarrou ao corpo!
Como o PP disse e muito bem jamais num exercicio os bombeiros atirariam água para as pessoas!

Verdadeira - 2. Num dia em que tinha demasiada sede bebi lixívia. Quando tinha cerca de 8-9 anos estava com tanta sede que agarrei no meu copo de plástico, enchi de água e bebi. O que eu não sabia era que o copo já estava meio de lixívia. A sorte foi que assim que foi para dentro veio tudo para fora...a água e quase o estômago também!

Verdadeira - 3. Salto por cima de obstáculos, faço tiro ao alvo com besta, magnum (a minha arma preferida) ou shotgun, corro e já cheguei a fazer uma pirueta na perfeição. Faço isto tudo só com os dedos, no teclado, e a comandar a Lara Croft. Ando a desconfiar que tenho um fetiche lésbico por ela o que me vale é que ela é só virtual e não insuflável senão já tinha passado para o plano físico...só para ver se ela conseguiria fazer cambalhotas tão bem como o faz virtualmente.

Verdadeira -4. Devido a circunstâncias várias tenho algemas à mão. No quarto...é o único sitio onde as tenho à mão...são para brincar...if you know what I mean!

Mentira - 5. Já entrei num concurso de luta na lama e perdi logo no 1º round por causa, obviamente, dos cabelos compridos (que devia ter apanhado) pelos quais fui agarrada e obrigada a esfregar a cara na lama. Jamais entraria num concurso que soubesse à partida que ia levar um tareão...era o ias.

Verdadeira - 6. Tenho a marca do renascimento em mim devido a uma mudança hormonal. A Fenix, a minha Tramp tatoo e que muita boa gente lhe chama "o frango no churrasco" foi feita 5 meses depois de ter o gajix.

Verdadeira - 7. Faço xixi de pé por pura preguiça. Quando entro no duche e deixo cair a água no corpo por vezes dá-me vontade para fazer xixi e não estou para ir até à sanita, molhar a tampa com o corpo e voltar a enxuga-la...afinal é tudo lavado, mesmo, mais vale abrir logo as comportas.

Mentira - 8. Uma vez fiz teatro mas com os nervos esqueci-me da única fala que tinha e fiz um som como "nhanha bernhan panha" e a coisa seguiu como se eu tivesse dito tudo certinho. Ainda levei com uma ovação de pé juntamente com os outros actores...mas desconfio que não devia ser por mim...só uma desconfiança. Apesar de já ter cantado para uma plateia nunca fiz teatro...tenho muita vergonha!

Verdadeira - 9. Por vezes tenho em mãos centenas de vida que podem correr risco se eu tomar a decisão errada. Crio vidas e com ela edifícios militares, científicos entre outros e se me decidir a fazer uma ofensiva posso perder centenas de soldados...estou obviamente a falar do melhor jogo de estratégia que conheço: Command & Conquer Red Alert.
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Fui desafiada...


...mais uma vez, pela Noiva Judia, a revelar seis particularidades do feitiozinho especial que faz de mim esta coisa...

Para me revelar fui obrigada a conferenciar com as minhas amigas, já vossas conhecidas : Me, my self and I. Todas contribuíram de alguma forma com a sua participação por isso cá vai:

Me, disse:

Dons psicadélicos que alguns chama de imaginação... limitada. Vejo luzinhas a brilhar e ouço sons que me perturbam a percepção real de certas situações. Como não consigo defini-las à luz do som invento caminhos e opções que saiem sempre errados e depois venho para aqui queixar-me, Portanto sou queixinhas;
Muita pinta que alguns chamam de... sinais. Agradável ao toque mas não à vista e mesmo assim há pessoas que correm o risco de ficar com miopia quando se tentam concentar em tanta pinta. Houve quem já tentasse contá-las mas depressa deixaram-se disso até porque cada vez tenho mais pinta, Portanto sou muito cool;

My self, disse:

Boa cozinheira.
Sei fazer bolos a parecerem pudins na maior das perfeições. É de facto uma das minhas especialidades na cozinha se eu quiser um bolo de bolacha este sai como um perfeito pudim. Se eu fizer um Salame...sai um pudim. E quando faço pudins eles parecem gelatina e finalmente quando me dedico à gelatina é como se tivesse acabado de fazer um sumo com sabor.
Não acontece nada de extrordinário quando meto água num copo. Esta não muda de cor ou sabor e o seu estado é sempre liquido, portanto sou uma boa vasadora de água;

Estável emocional e racionalmente.
Ando sempre e na maoiria das vezes a roer as unhas... aliás quem me conhece repara sempre que, nos dedos, só tenho o sabugo. É o rodopio (ao qual as luzes psicadélicas em nada ajudam) vivo em que me encontro, este nervosismo constante de que no dia a seguir há sempre mais uma pinta, mesmo que seja num sitio difícil de detectar a olho...nu! Rio para disfarçar o nervoso e choro para disfarçar a risada. E como ando sempre nisto dia após dia... sou na mais absoluta certeza uma pessoa estável, portanto sou consistente;

I, disse:

Segura. Não consigo dar um passo sem as outras duas ao meu lado. Todas as conversas têm que ser feitas por partilha de pensamento e chego sempre a uma opinão segura de que não vou contra a opinão das outras. Nunca saio sozinha...para não me apanharam desprevenida. Imaginem se alguém me fazia alguma pergunta do tipo: Onde se pode apanhar o autocarro descapotável, turistico para se ver as vistas em Lisboa? (e se esta pergunta fosse feita num Inglês arranhado a alemão?) Eu via-me obrigada a tremer o meu queixinho a puxar as lágrimas aos olhos e depois a fugir dali com um grunhidozinho de horror...
Portanto a minha segurança acima de tudo!!!
Teimosa. Sou teimosa. Sou. Sou mesmo teimosa e ninguém me tira a teimosia enquanto eu não mudar de opinião. Nesse caso deixo de ser teimosa mas só nesse caso. Porque caso contrário sou teimosa. Nem é pela razão é pela repetição!
Sei que é um ponto negativo em todo este discurso mas convenhamos...ninguém é perfeito!


Era suposto desafiar mais cinco pessoas mas as únicas pessoas que (ainda não escolhidas por mais ninguém que eu conheça) ainda vão dando troco a este tipo de desafio é a Sandrine e o PP, a quem espeto com isto também nos seus afazeres.

Desafiada...


Desafiada pela A Noiva Judia fui ao http://www.befunky.com/ e fiz este lindo desenho. Fiz é como quem diz aquilo é só cliclar em botões e depois aparece uma coisa assim...mas se pensarem que fui eu que fiz isto vão pensar em mim como talentosa...e como sabem eu não consigo fazer um bolo de bolacha que não se assemelhe a um pudim mas consigo montar portões de segurança para gajix não subir escadas acima...por isso devo ser muito talentosa. Tenho também outros talentos...sei pintar paredes por isso fazer um desenho destes não deve ser dificil de todo...digo eu...com os nervos!



Aqui apresento a minha fuça e a fuça de um dos protagonistas de muitos post. Estamos os dois muito espantados para a foto porque fomos apanhados desprevenidos e não conseguimos fazer aquele olhar encantador que nos é caracteristico. Assim desenrascámo-nos o melhor que soubemos e tumba a uma "ordem" da Kru abrimos os dois a boca...só falta mesmo o canix!

Fica para a próxima!

Desafio a Sandrine e o PP a fazerem este ou outra das opções daquele site.

Em andamento


Parte VI


Não foi preciso dizer nada aos meus captores. Eles próprios acharam, em reunião de conselho tribal, que a segurança da aldeia poderia ser comprometida pela minha presença, ou pelo menos assim o entendi.

Entre o que já conseguia perceber do dialecto deles e pela linguagem gestual percebi que aquela trouxa lançada para o meus pés poria fim à minha estadia ali.

Munida de uma lança, oferecida pelo chefe da aldeia, deixei para trás o que nos últimos meses se tinha aproximado de um lar. Com a tribo tinha aprendido a detectar os sons da floresta, os sons dos seus habitantes e os sons dos visitantes. Aprendi o mais importante - o som do silêncio. Ensinaram-me a movimentar-me silenciosa e a sobreviver. Sabia quais as ervas comestíveis e como absorver algum suco de outras.

Depois de algumas passadas voltei-me para trás para dar uma última olhada para a aldeia e para minha grande surpresa não a vi. Olhei melhor tentando descortinar uma rede que fosse ou algum movimento involuntário mas não detectei nada.
A única prova que tinha de que aquela aldeia existia era a trouxa e a lança que trazia comigo e...os sons, que agora reconhecia.

Passei pelo local onde um dos caçadores tinha ateado uma fogueira e aquele cheiro tão intenso entrou-me pelas narinas lembrando-me que devia sair dali o mais depressa possível.
Continuei a minha caminhada sem rumo certo seguindo indicações, mal percebidas, dadas pelo chefe tribal.
No final de três dias pensava que podia estar a andar em círculos ou ter-me embrenhado muito mais na floresta. Perdia-me constantemente em pensamentos com
saudades da minha mãe e irmãos. Continuava sem saber nada deles.

Depois de uma semana a vaguear cheguei à orla da floresta e vi um belíssimo descampado à minha frente.
Vi uma criança sozinha a correr e fiquei contente. Se existia uma criança existia uma família e onde existia uma podiam existir duas ou três.
A criança uma menina com cerca de 8 anos, vestida com peles de animais e couro, quando me viu ficou imóvel. Numa mão tinha uma lebre morta e na outra tinha uma faca.
O seu olhar não era nada amistoso e quando me aproximei ela largou o cadáver e pôs-se em posição de combate.
Eu levantei os braços em sinal de paz e ouvi um zunido seguido de outro perto da minha cabeça. Quando me apercebi estavam cravadas no solo várias setas a delinear o sitio para onde, supostamente, não podia avançar.

Voltei-me para ver quem era o ofensor e vi sair da Floresta, uma a uma, cerca de vinte mulheres enormes com grandes arcos esticados.


(Continua parte VII)

Ps: Esta parte era para ser feita pelo Filipe que por falta de tempo nao poderá continuar com o desafio.

Imagem de Luis Royo, todos os direitos reservados ao abrigo da lei do copyrigth

Curiosidade...


...matou o gato eu sei :P


Este post é para aqueles que passam por aqui e me vão lendo...


Tenho curiosidade em saber quem anda por aqui por isso deixo o apelo de dizerem qualquer coisa nos comentários. Deixem, por exemplo, a vossa idade.

Compreendo que alguns tenham relutância em se identificarem mas façam-no como anónimos e ponham a idade e a localidade. Pleaaaaasssseeeeee!!!!!


Agradecida!!!!

Dão-se rebuçados!!!


Desafio da Miss Precious:


Se eu fosse um mês seria...Setembro, é o mês do descanso das férias, de subtis mudanças no clima e da claridade,
Se eu fosse um dia da semana seria...Segunda-feira, nada como o inicio, a renovação da semana de trabalho :S
Se eu fosse um número seria...o 7, toda a gente sabe da minha ganância por este número.
Se eu fosse uma flor seria...um malmequer, desfolheiem-me e verão o que lhes quero ;)
Se eu fosse uma direcção seria...o Oeste, ou o farwest...bom digamos que até gosto assim mais ou menos dos filmes onde se vê aqueles arbustos a andarem ao sabor do vento.
Se eu fosse um móvel seria...uma mesa de refeições, ui ca bom sentir os pratinhos quentes a pousarem em mim, ui ui ai ca bommmmm e as pernas fortes, fortes. tão fortes que aguentam com pessoas em cima a...dançarem :P
Se eu fosse um liquido seria...mercúrio, bom é um metal liquido mas não deixa de ser liquido né? e quando sai do termómetro, parece aquele gajo do "Terminator 2", junta-se sem perder uma gota.
Se eu fosse um pecado seria...a luxúria, ahhhhhh isso é que era bom viver sempre no bem bom (Vai sonhando dekruella).
Se eu fosse uma pedra seria...uma rocha na praia.
Se eu fosse um metal seria...heavy, sou perdida pelo pesado sou, pois sou, mais que comprovado!
Se eu fosse uma árvore seria...uma oliveira, um bocado contraditório com o pecado não é? Afinal esta árvore simboliza a pureza...oh well...gostos delas fortes, grandes, firmes e hirtas.
Se eu fosse uma fruta seria...um cacho de uvas, faz-me lembrar pessoal de túnica branca deitados na chaise long a serem abanados por com folhas de palmeira e hummmm a chuparem o suco dos Deuses...hummm... lá está, o simbolo da luxúria, damm sou mesmo contraditória nestas coisas.
Se eu fosse um clima seria...Tropical, megatérmico nada de Inverno, o chato é a transpiração e os cheiros que adevêem daí, mas nada que uma banhoca e um bom deodorante não resolvam :D
Se eu fosse um instrumento musical seria...uma pandeireta, uiiii isso é que era levar tau taus na pele até girar os discos ;)
Se eu fosse um elemento seria...Nitrogénio, (N) n.º atómico 7 e n.º de massa 14 (7 Protões e 7 Neutrões)...cabummmmm...e mais não digo.
Se eu fosse uma cor seria...laranja, está entre o vermelho e o amarelo, cor quente, cor da alegria, cor de número, cor da lua em dias de calor...
Se eu fosse um animal seria...um Porco, ou melhor uma porca...hummmm...ouvi dizer que os porcos e os orgasmos se dão muito bem várias vezes ao dia.
Se eu fosse um som seria...o mar a bater na areia, Havia uma música assim não havia? hummm...não me lembro muito bem.
Se eu fosse uma canção seria...Sona da L'Orchestra di Piazza Vittorio. Ou qualquer uma que saisse da boca do Michael Bublé...se ele não tiver mau hálito até me podia cantar a um cm da minha cara.
Se eu fosse um perfume seria...Tasha da Avon, um cheiro Primaveril saído dos Ceus (Centro de Estudos Unificadores de Smell)
Se eu fosse um sentimento seria...alegria, Pois se tivesse tudo acima quem é que não ficava alegre a roçar o feliz, hã?
Se eu fosse um livro seria...Stonehenge de Bernard Cornwell. Ups...deixei a pedra cair monte fora, que desajeitada...olha...acidentalmente...matou um carrada de inimigos...xiiiiii...vou ser rainha!
Se eu fosse uma comida seria...Frango no Churrasco. Nada como uma boa carne fresca com um grande bronze no meio do nosso aparelho gustativo ;)
Se eu fosse um cheiro seria...chocolate derretido, Luxúria e mais não digo.
Se eu fosse um verbo seria...brincar, pois se alguém me levar algum dia a sério...sou internada!
Se eu fosse um objecto seria...uma Harley Davidson, não quero saber se ele é filho de David mas que deve ser bom sentar lá o padeiro lá isso deve ser!
Se eu fosse uma peça de roupa seria...uma t-shirt de homem, uiiiiii encostadinha todo o dia aos peitorais, aos biceps, aos abdominais, ao umbigo e...por aí abaixo até à ponta da t-shirt...uiiiii
Se eu fosse uma parte do corpo seria...o umbigo, egoísta dirão vocês e eu contesto porque já escolhi a luxúria.
Se eu fosse uma expressão seria...o teorema de Pitágoras, porque mais hipotenusa que eu não deve de existir.
Se eu fosse um desenho animado seria...Jessica Rabbit (pensavam que eu ia pôr a Cruella deVil nao era? eheheh...opa...não ia escolher uma destrambelhada!!!)
Se eu fosse um filme seria...Matrix, gostei das matrizes verdes do filme :P
Se eu fosse uma forma seria...Triângulo, duhhhh hipotenusa lembram-se?
Se eu fosse uma estação seria...Primavera, podia fazer um discurso muito giro neste iten mas aposto que a maior parte de vocês só leu os 3 primeiros e alguns desistiram logo quando viram um texto tão grande...por isso não vale a pena continuar, a desperdiçar as palavras, não é? LOL...se leram até aqui podem deixar nos comentários a resposta à seguinte pergunta: Qual o meu número preferido? A quem acertar...dão-se rebuçados!!!

Passo este desafio ao Chapas, Acesso restrito e PP. O resto do pessoal ou já fez, ou foi nomeado pela Miss Precious ou está-se lixando para este tipo de brincadeiras.

Em cima das árvores


Parte V




Confusa sobre a minha localização sentei-me, exausta, para descansar um bocadinho. Parecia-me que tinha ficado horas dentro daquela água imunda. Tinha um fedor que a pouco e pouco me estava a deixar de incomodar.
No entanto aquela sensação de que não estava só, de que alguém me observava, não desaparecia.
Encostei os joelhos ao corpo para me aquecer mais depressa e repousei por uns segundos a cabeça em cima dos meus braços cruzados. Não podia adormecer. Se o fizesse ficava vulnerável ao que quer que estivesse lá fora.
Pensei na minha mãe e nos meus irmãos, que seria feito deles? Estariam realmente a salvo? Com gostaria de os ver ou de pelo menos saber noticias deles.
O vento lá fora fustigava fazendo sons aterradores. Ouviam-se, ao longe, ruídos produzidos por animais. Eram tão assustadores que pensei em acender uma fogueira para manter afastado algum predador mas não me atrevia. Não queria que me localizassem. Terei que aguentar esta noite aqui, acordada!
Acordei sobressaltada com um movimento. Adormeci sem ter dado por isso. Quando abri os olhos, ao nível do chão, vi 6 pés descalços à minha volta e levantei-me de um salto.
Infelizmente, estava desarmada e tinha três lanças encostadas à minha barriga. Um dos meus captores falou comigo rispidamente mas eu não conhecia aquele dialecto. Por isso, fui empurrada até à entrada da gruta com as lanças e apercebi-me que estava no meio de uma pequena aldeia, cujas casas ficavam em cima das árvores. Fiquei abismada. A aldeia não estava ali ontem ou pelo menos não tinha reparado nela.
Vi cabeças que se escondiam quando eu olhava, impressionada pela descoberta, e de repente chegou-me ao nariz um cheiro distinto: comida.
Estava esfomeada e nem me tinha apercebido. Já há um dia que não engolia nada. Senti uma náusea e por causa do cheiro fiquei zonza.
- Podem dar-me água? - perguntei eu a um dos 3 captores. Eles assustaram-se e encostaram as lanças ameaçadoramente ao meu corpo, picando-me ligeiramente. Eu mantive-me o mais imóvel possível sem saber o que fazer. Seria fácil derrubar dois deles mas o terceiro conseguiria fazer-me mal. Além disso havia muitos mais em cima das árvores que com certeza não teriam qualquer dificuldade em atingir-me.
- Por favor. -pedi eu obrigando-me a falar mais docemente. - Água!- e fiz o gesto habilitando-me a uma picadela mais funda.
-Áua?- perguntou uma criança que desceu, curiosa, da sua árvore com um desembaraço notável. - Gliec? Nham nham
-Água! Glu glu e comida nham nham....por favor!
Depois da primeira semana e daqueles primeiros contactos, um pouco conturbados, os meus captores afrouxaram a vigilância e eu já me movimentava, de forma ainda limitada, na aldeia.
De noite dormia num tronco largo no qual adormecia preocupada se acordaria no dia seguinte estatelada no chão...ou se sequer voltaria a acordar caso caísse. Os nativos de dia faziam as suas tarefas de forma descontraída. A mim coube-me o entretenimento das crianças. Embora não soubesse muito bem se era eu que as entretinha ou se eram elas me guardavam.

Havia uma tensão no ar! Eu sentia na reacção dos nativos. Quando o sol "tocava", no final da tarde, na entrada da gruta começavam todos a apressarem-se e a fecharem-se nas suas casas. Nem as crianças, sempre curiosas, se atreviam a desobedecer!

Agora percebia porque a aldeia não era "vista" por qualquer pessoa. Quando se chegava quase ao pôr do sol era subido um sistema de rede feitas de lianas e folhas e a aldeia ficava disfarçada. As árvores eram só árvores, ao olhar vindo de baixo para cima, e qualquer comunicação entre casas era feita sob um código de ruídos que imitavam animais.

Finalmente, numa noite percebi o motivo da tensão! Espiões...e o que vinha a seguir.

Foi dado o alerta e entre mímica percebi que devia ficar em silêncio. Toda a gente se recolheu e passados uns dez minutos eu vi a superfície coberta de espiões. A cantilena da floresta começou tal como na noite em que eu a tinha percorrido. Era assombroso aquele barulho entre o vento e a troca de informação, que ia e vinha desde os habitantes mais distantes até aos do centro da aldeia.

Enquanto havia movimento os aldeões comunicavam entre si para passarem números e tipos quando os movimentos na superfície paravam também paravam os sons produzidos pela floresta.

Atrás dos espiões vinham os caçadores. Eram cerca de uns duzentos espiões que estabeleciam um perímetro de segurança aos cerca de 15 caçadores. O caçador era meio homem meio máquina e cuja arma mais letal que possuíam residia no olho vermelho que decorava o rosto sombrio. Vi-os na clareira a fazerem uma fogueira, que deixou no ar aquele cheiro a carvão queimado, enquanto se reuniam.

Sabia que eles andavam no meu rasto. Em breve teria que sair desta aldeia.



(Continua na parte VI- texto que será feito pelo Filipe)

Observada!!!



Parte IV

Cheguei ao final da passagem e atirei-me!
Sem hesitar, mergulhei nas águas gélidas e imundas do rio que lavava as fundações da cidade. Na realidade este sempre foi conhecido pelas suas pestes e pragas que ia espalhando pela cidade. Todos os esgotos eram naquelas águas depositados, o seu aspecto era terrível, havia uma leve bruma sob a superfície nas zonas em que a água estava parada, noutros locais, existia uma forte corrente que criava uma espuma cinzenta, como que dando vida às vidas mortas que queimadas foram no crematório.
Mas mergulhei, a ânsia de liberdade era mais forte e os perigos e receios que aquelas águas encorpavam, eram minúsculos comparativamente com o estar presa numa cela sem luz e sem ar. Mergulhei… deixei-me levar pela forte corrente, deixei de ver por onde ia passando, perdia totalmente a noção de onde estava… sei que na confusão daquelas águas bravas conseguia ainda escutar vozes de gentes nas margens do rio.
Meu medo maior residia na possibilidade de encontrar um espião naquelas águas, embora soubesse que aqueles mini-robots não estariam devidamente preparados para operarem na água.
Continuei sem rumo deixando-me levar unicamente pela corrente do ri, na verdade era mais um dos dejectos que a cidade rejeitava e no rio caminhava.
Dei por mim em águas mais calmas junto a uma enseada envolvida por uma floresta sombria. Sem mais demoras, e ainda sem saber bem onde estava, saí da água e rumei para o interior da floresta.

Era um local sombrio, envolto em névoa…a visibilidade era quase nula, havendo apenas o luar que timidamente penetrava o interior da floresta. Existia um som estranho… o vento parecia sussurrar mensagens secretas na copa das árvores, e alguns desses sussurros que caiam das árvores rumo ao solo eram imperceptíveis. Aquela melodia fez-me reavivar uma memória antiga. Quando era criança, lembro de escutar uma lenda antiga sobre uma floresta que atraía ao seu interior as almas perdidas de Limpia; depois de na floresta penetrar, só de lá conseguia sair aqueles cujo espírito e vontade fossem realmente frios ao ponto de não se deixarem levar pelas artes e manhas escondidas na floresta.
Sempre houve um mistério sobre aquela terra, quem de lá conseguia regressar, nunca comentou muito o que lá viveu, restando apenas uma música, em forma de assobio, que essas pessoas esporadicamente libertavam. Recordo esse assobio…e a música que agora escutava fez-me lembrar a lenda da Floresta de Mesopolis… ou a chamada Lenda dos Perdidos; dos perdidos porque havia dois grupos de pessoas que passavam por essa floresta: os perdidos e que não mais regressados a Limpia, e os perdidos, que apesar do seu regresso a casa, estavam perdidos no tempo, nas memórias…continuavam ainda com a alma na floresta.
Pensei em tudo isso enquanto continuava a correr pela floresta. Entre tropeções e quedas, ia correndo com todas as minhas forças…nem lembro de escutar a minha respiração, apenas tinha em mente as histórias do passado, a vontade de fuga…e os ouvidos presos àquele persistente som que das árvores caía e em mim mergulhava.
Parei durante uns segundos para recuperar o fôlego e nesse mesmo momento, o silêncio instala-se na floresta… retomo a correria e novamente a melodia de fundo estava bem presente em mim. Pouco tempo depois, voltei a parar uns segundos e uma vez mais o silêncio instalou-se… prendi o meu pensamento naquele pormenor…nesse entretanto, reparei numa sombra que o luar reflectia dos céus…era uma ave de rapina que voava em círculos. Aquela imagem fez-me tornar mais presente a vontade de não regressar ao Círculo de batalha…não, não poderia regressar, não poderia passar novamente por tudo aquilo.
Depois de pensar devidamente em todos estes factos, pressenti que estava a ser observada…o meu olhar estremeceu ao mesmo tempo que essa sensação se tornou cada vez mais física. Aquela melodia que escutava enquanto corria, não seria mais que o feitiço da floresta a comunicar os meus passos a um esquadrão de espiões…havia naquela sonoridade um pulsar artificial, como que o vento, que produzia aquele bailado na copa das árvores aquando da sua passagem, não fosse realmente o vento…mas sim ondas magnéticas que ia deflectindo um eco sempre que sentia o calor humano presente e em movimento.
Certamente que os espiões estariam por perto, ansiosos por derramar o seu veneno na minha pele…
Estremeci só de pensar… não, não poderia ser apanhada… corri…corri…corri…até que vislumbrei um espaço onde a lua se fazia mais sentir… era um espaço… em forma de círculo…rodeado por árvores imensas…e no meio, a réstia de uma fogueira apagada há muito mas que emanava ainda um calor difícil de explicar…
Parei naquele local… sentia-se no ar um cheiro intenso a carvão queimado, cheiro intenso demais para tão reduzidas cinzas… Levanto o meu olhar para a lua, como que buscando um rumo… uma companhia, e no movimento que leva o olhar ao alto… vejo do meu lado direito o reflexo brilhante de cristais graníticos em forma de estrelas. Dirigi-me para lá, era um enorme bloco de granito… que escondia a entrada para uma gruta; não pensei duas vezes… certamente que o eco magnético não me iria achar ali no interior da rocha…
Entrei na gruta…


(Continua na parte V.)

Este texto é da autoria do Filipe

Espiões


Parte III

Entrei no circulo e aguardei a chegada das adversárias. Contava com uma de cada vez mas entraram as duas ao mesmo tempo. Percebi porquê Apolónio me tinha oferecido a faca que agora transportava na parte de dentro das minhas botas. Este combate ia ser duro e ouvi alguém gritar que assim seria digno de uma princesa.
Em Limpia os combates no circulo nunca eram combates de morte. Faziam parte de um jogo, por vezes torturante para a parte mais fraca, mas nunca iam até aos extremos. Mas agora a regras tinham mudado. Eu tenho noção que ou mato ou morro. Aquelas duas não me vão dar descanso!
Tentei permanecer junto à parede mas a multidão começou a protestar e a mulher mais alta investiu contra mim. Com a espada que tenho tive que arranjar espaço para manobrar e por isso afastei-me da parede dando oportunidade à outra de me cercar pelas costas.

A primeira mulher estocou-me com investidas rápidas desenhando X's imaginários à minha frente. Eu não podia dar-me ao luxo de me concentrar apenas nos movimentos da sua espada porque a segunda mulher aproximava-se com dois alfanges nas mãos. Aparei uma das estocadas com a minha manopla e o meu braço ficou momentaneamente dormente com a força do impacto. Saltei de imediato para o seu lado direito obrigando-a a virar-se no sentido do braço que usava para me atacar. A segunda mulher investiu nesse momento mas eu consegui aparar o golpe. Rapidamente contornei a mulher dos alfanges e investi contra ela. Tinha agora as duas mulheres à minha frente mas era para a mulher mais baixa que eu dirigia a minha atenção. Enquanto lhe dava estocada atrás de estocada fazia-a, intencionalmente, pôr-se à frente da outra bloqueando-lhe assim o acesso a mim.
No entanto esta manobra não durou muito tempo. A primeira mulher dá um grito de comando à segunda e esta saiu da minha frente mas eu continuei a investir contra ela obrigando-a a defender-se e escudava-me assim da outra. Ela recuou e eu fiquei desprotegida e abri uma brecha do meu lado direito que a mulher alta aproveitou. Com a minha espada impedi uma estocada que me abriria a cabeça e decidi mudar a minha estratégia.
Rapidamente baixei-me, estiquei uma das minhas pernas num movimento giratório e preguei uma rasteira à mulher alta e antes que ela tocasse no chão consegui abrir-lhe uma ferida na coxa. Ela rebolou para longe e eu só tive tempo de aparar dois golpes dos alfanges. Empurrei a outra mulher e enquanto ela se equilibrava olhei para a primeira e reparei que ela se punha de pé com dificuldade e que furiosa se preparava para retomar a investida.
Enquanto a segunda mulher se aproximava violentamente oscilando as duas lâminas eu simulei uma defesa como a anterior mas no ultimo segundo mudei a posição da minha espada e com um grito carreguei sobre a barriga da atacante e retorci a lâmina lá dentro. No entanto não consegui tirar a lâmina do corpo da outra e perdi a minha arma afastando-me do corpo com duas cambalhotas para trás.
Tirei a faca da minha bota e a mulher mais alta riu-se. A desvantagem era evidente: eu com uma lâmina curta contra ela com uma espada...jamais conseguiria apanhá-la a não ser que efectuasse uma "dança" rebuscada...mas ela estaria à espera disso. Portanto fiz a única coisa lógica que me restava. Enquanto ela se ria em frente à multidão eu arremessei-lhe a faca em direcção à garganta! E foi de lá que a tirei perante um momento aterrador de silêncio, seguido de um barulho ensurdecedor.

Depois de me tirarem do circulo algemaram-me mas esqueceram-se de me pôr grilhetas e esse foi um erro fatal para o meu carcereiro. Desde pequena que conheço o circulo e todas as passagens que me poderiam levar à liberdade. Por isso com um encontrão e dois pontapés no sitio certo inutilizei o meu carcereiro e corri tanto quanto a adrenalina me deixou.
Sabia que em breve, à minha procura, iam estar todos os "espiões" do reino mas não tinha nada a perder. Os "espiões" são mini-robot que nos detectam e atacam com o veneno que têm na cauda. Vi um na esquina de uma passagem e consegui destrui-lo antes que me picasse. No entanto sabia que em breve estaria ali tantos contra os quais eu jamais conseguiria escapar. A única solução era correr em direcção à água e foi o que fiz. Aquela passagem levar-me-ia directamente ao rio que atravessava a cidade por baixo. Cheguei ao final da passagem e atirei-me!
O texto seguinte será feito pelo Filipe :)

Preparada?


(continuação - Parte II )

...fugirei e procurarei outros como eu… para reconstruir tudo aquilo que a revolta provocou.

Lá fora a multidão ansiava o combate e o seu mortífero respirar conseguia eu mesma aqui escutar. Entretanto fez-se silêncio, uma voz estranhamente familiar lançava frases de ordem exaltando a revolta e os feitos até aqui alcançados. Não era muito perceptível o seu discurso, mas era notório pelo silêncio seguido de cada rejubilar que toda aquela plateia admirava tal pessoa.

Alheei-me totalmente do que me rodeava, esqueci que sabia escutar e imitei-me a sentir por dentro toda a minha raiva e força… seria isso que iria alimentar as minhas vitórias na arena. Neste momento, iria finalmente dar uso às minhas capacidade físicas e estratégicas… a luta, a guerra, sempre foram o meu forte… mas a minha condição de mulher nunca permitiu que pudesse dirigir o meu próprio exército.

Estava preparada… voltei-me novamente para o exterior e só desejava que chamassem quanto antes. Batem à porta… toda a minha confiança inabalável ruiu enquanto escutava aquelas mãos batendo à porta… o som que da porta vinha foi de tal modo intenso que mais parecia que tinham batido directamente no meu coração… enregelei… durante segundos meu sangue congelou… deixei de respirar e de me sentir…e sem que uma palavra saísse sequer da minha boca, logo a porta se abriu…

Surpresa das surpresas, como que chegado ao fim de um túnel escuro que apenas um candeeiro lateral ajudava apenas a ver os contornos de um rosto… um rosto que ganhou voz… que se aproximou e mais visível se tornou, um rosto com uma sonoridade familiar… uma voz com uma imagem presente… um rosto…O rosto de Apolónio!

Apolónio era uma alta patente do exército de Limpia e em tempos foi um grande rival meu aquando dos estudos na Academia das Artes Militares. Sempre tive um enorme respeito e admiração pelas suas capacidades de liderança… era um homem sem passado, vindo de uma família reconhecida no nosso reino, mas que vivia inteiramente para a causa militar. Recordo que em tempos, teve uma discussão com um dos Generais e não mais evoluiu na carreira militar.

Chega-se a mim e friamente, sem pestanejar sequer, me diz:

- “Menina Lana, espero que esteja preparada para enfrentar o medo de frente…”

Eu no silêncio fiquei, acho que minha voz era agora moldada por palavras escritas por mudas mãos… pálidas de vida… mas ele acrescentou algo mais:

- “Tome! Eu próprio escolhi.”

Era uma faca enorme… com uma lâmina super afiada… brilhante… parecia transbordar calor, mas que não seria humano, duvidava até que alguma vez aquela faca tivesse ferido alguém.

Eu, sem uma única palavra dizer, ainda estava sobre o efeito da surpresa enorme de rever Apolónio. Ele continuava frio comigo, como se não me conhecesse… glaciar… que contagiava tudo o que tocava… aquela faca era a prova evidente disso mesmo.

Voltado para mim, olhou bem fundo nos olhos e perguntou:

- “Preparada?!”

- “SIM!”, respondi eu de pronto.

Finalmente saíra de mim um som. Não sei de que forma falei mas consegui provocar em Apólito uma reacção física… vi nos seus olhos negros um clarão do tamanho da força do meu “SIM”. Dirigi-me então pelo escuro túnel, enquanto isso, seguia as largas e fortes costas de Apólito, bebendo naquele tronco um pouco mais de força... e mais força ainda ia buscar ao som da multidão.

Eis o circulo (que seria meu)… olhei para a multidão apinhada, movimentada… todos gritavam e olhavam-me com uns olhos repletos de uma voraz sede de sangue… não mais olharia para aqueles seres sujos, imundos… seguia agora de cabeça baixa, olhando unicamente para aquela faca que tornava o meu braço um verdadeiro punhal, pronto e desejoso de fazer estragos.

Entrei no circulo e aguardei a chegada das adversárias…

(continua na Parte III)

Nota: Este texto é exclusivamente do Filipe em resposta ao desafio.

De régia a escrava!

(Parte I)

Meu nome é Lana. Cresci em Limpia. A minha família sempre foi abastada desde que me conheço. Segundo a minha mãe, desde há 7 gerações que jamais tivemos problemas financeiras. Eu cresci com tudo o que uma rapariga pode desejar, em termos materiais. Estudei dança, esgrima, combate corpo a corpo, equitação, dicção, estratégia além de todas as aulas ligadas às ciências humanas e sociais. Nunca me relacionei com gente de condição menor que a 5ª. Em Limpia a sociedade divide-se em 7 classes sociais: 1- Escravos, que fazem todo o trabalho que mais ninguém quer fazer, desde tratar dos estufos de plantação até aos trabalhos domésticos mais básicos; 2- Serviçais, são todos aqueles que controlam os escravos e fazem trabalhos como motoristas, chefes de cozinha entre outros; 3- Soldados; 4- Profissionais intermédios, como professores, advogados, contabilistas, directores e soldados de patente intermédia; 5- Soldados de alta patente, Médicos, Conselheiros; 6- os 8 presidentes; 7 - Os Régios. Há ainda aqueles a que eu chamo classe zero, uma vez que não existem! São os rebeldes, os sem abrigo, os sublevados e renegados!
Existem 3 famílias de classe 7 da qual a minha família faz parte. Somos os Régios e detemos o dinheiro e o poder de decisão final em várias matérias que regulem o estado.

Sensivelmente desde à dois anos sentia-se nos níveis mais elevados um certo rumor e com este a inquietação de que uma revolta de alguns dos escravos podia rebentar a qualquer momento. Nestes últimos dias a situação tornou-se real.
Escravos que tinham sido dado como desaparecidos, com a cumplicidade daqueles que cá trabalhavam, invadiram a minha casa e o pai foi morto, a mãe está em parte incerta com os meus 3 irmãos mais novos e eu fui raptada e fizeram-me escrava! As outras famílias Régias também tiveram problemas mas parece-me que conseguiram fugir a tempo. Só o meu pai que não acreditou nos rumores deixou-se ficar para trás. Felizmente a mãe tinha saído com os meus irmãos para uma visita a outro estado e julgo que conseguiu evitar ser apanhada. Ainda não tenho a certeza do que aconteceu porque me chegam noticias dispersas e contraditórias!


A minha condição física levou-me a ser seleccionada para combater no circulo. Neste momento, estou à espera para entrar, ouço a multidão que faz um barulho quase infernal e está ao rubro para que se dê inicio aos combates. Sei que terei de sobreviver a 2 guerreiras durante 10 minutos de combate com espada e ombraleira. Se o conseguir provavelmente serei escrava de entretenimento em combates. Vou conseguir sobreviver mas jamais serei escrava...fugirei e procurarei outros como eu!

Rio-te! (foto do Filipe)


Sempre fui considerado uma pessoa excêntrica! Talvez por causa dos meus silêncios! Sempre houve alguém que tentou meter-se comigo pelas ideias proferidas nas aulas. Continuam a meter-se comigo pelas posições defendidas na sociedade. E talvez por isso na maioria das vezes calo-me. Gosto do silêncio! Gosto de estar na sombra de uma grande árvore, olhar para o horizonte e deixar-me levar pelas palavras que as imagens, não daquilo que vejo fisicamente mas daquilo que a mente vê, insinuam! Gosto de navegar nestas ondas suaves de contemplação!

Até que um dia te conheci! Disseste que eu falava bem mas que me faltava o riso! Disseste que admiravas o sentido das minhas palavras mas que faltava o humor! Disseste...e disseste de um maneira honesta e diferente da zombaria a que me tinha já habituado. Fizeste-me olhar para ti, não com os olhos da mente mas com os olhos do rosto! Amei-te logo...a partir desse olhar! Por ti mudei um pouco.

Ajudaste-me a compreender que as palavras nem sempre são para serem ditas mas também para serem sentidas na pele. Nunca fui o palhaço que sempre me queriam fazer crer que eu era mas vesti-me como tal para te fazer rir. O teu sorriso faz-me bem! O teu sorriso é a mais bela das minhas imagens e para o qual não existem palavras. O teu sorriso faz-me rir.
Por isso à minha maneira... rio-te!

Saudade (foto da Patricia)


Que saudade...
...de quando éramos crianças!
...de quando éramos inocentes!
...das descobertas partilhadas com esperança!
...dos risos contidos e semblantes contentes!
...das brincadeiras da adolescência!
...do desabrochar das emoções e do peso das desilusões!
...de me enxugares as lágrimas com urgência!
...de me dares a mão e do toque suave da comunhão!
...do gosto dos teus beijos!
...dos nossos corpos transpirados!
...do sabor dos desejos!
...dos nossos projectos traçados!
Queria-te nos meus braços encostada a mim...
Pena, pena é...que nunca tenhas existido por fim!
Nota: foto by Alperergin tem direitos reservados