Foi o perder...
talvez o não sentir
quem sabe o esquecer
ou ainda o não querer agir...
é o silenciar
voltando frontalmente para o torpor
negando o mudar
sentindo na face o desamor.
vens de braços esticados enquanto espero sentada, na pedra fria
puxas-me o olhar com gestos rápidos e indiscretos
captas-me a atenção pelas palavras de orador
levaste-me ao jardim prometendo um dia de sol e segredos
e mostraste-me um lugar onde me prostraria
mas já não consigo ajoelhar nem que peças por favor
Foi o querer não dizer
ou talvez o não permitir
quem sabe o deixar de o fazer
por não saber definir...
é o abrandar
implodindo o clamor
negando qualquer exultar
atrofiando o esplendor
Vou de braços cruzados levantando-me daquela frieza
Olho para o chão para ver outro caminho
Já não choro
Já não sinto a tristeza
do saber que não demoro a encontrar o meu destino.
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