Kiss


Bom...para complementar o Post anterior decidi deixar-vos uma música que na minha opinião é muito sensual. Ainda estive indecisa entre o original do Tom Jones e este...mas como vêem..foi este o escolhido. Este senhor prima pela sensualidade que conseguiu incutir à musica. É baixinho mas genial. E estava muito à frente para o seu tempo a ver pelas roupas (desenhadas por ele) reparem só no cinto que se usou há uns 3 ou 4 anos atrás e na calça de cintura baixa que ainda se usa hoje. Aposto que ele...nem tinha boxer por baixo...uiiii...o que nos leva a imaginar como seria se a calcinha descaisse um pouquito...hmmmm...o corpito é pequenino mas é...simétrico...if you know what i mean ;)

Kiss for you all

Beijos...quem não gosta?


O meu primeiro beijo foi horrível. Acho que o nome dele era Sérgio (já não me lembro), começámos a “namorar” nesse dia e fomos para trás do ginásio da escola para darmos um beijo resguardado dos olhares mais curiosos. Eu naquela altura era uma menina magrinha sem grandes curvas (quem diria que anos mais tarde teria curvas a mais) e sem grande interesse para a maioria dos rapazes daquela idade…ele era um dos rapazes mais cobiçados pelas meninas…Bom…lá fomos lado a lado…e atrás do ginásio o rapaz avançou…quase em género de cabeçada…abre a bocarra dele, eu hesitei, ele puxa-me e eu fiquei toda babada…baba dele…pffff…Raios o partam…que fiquei traumatizada com aquilo. Claro que o “namoro” acabou logo ali. Depois descobri o prazer do beijo no pescoço…ui ka bom!...havia um rapaz (também já não me lembro do nome apenas sei que o apelido era Paixão) girinho, que me começou a achar graça…ou seja…gostava de me embaraçar…pregava-me partidas…do género…"deixa-me ver a tua mão?" Eu, parva, dava-lhe a mão e ele passava-a nos genitais (ainda me lembro da sensação - Hard!...LOL),por cima das calças (claro) e eu ficava toda corada a chamar-lhe tudo menos querido isto porque ele se desviava senão era pontapés a torto e a direito. Bom…o menino de vez em quando andava comigo ao colo…agarrava-me de repente e levava-me para outro sítio e tentou algumas vezes beijar-me. E eu neguei-lhe esse prazer (pois…pudera…estava traumatizada com o outro…além disso eles eram amigos e eu desconfiava que aquilo não passava de gozação pura…do tipo: vamos ver se a babo mais que tu!). Hummm...já me estou a perder…onde ia mesmo? Ah sim…beijos no pescoço! Ora bem…este menino começou a “encurralar-me” e como sabia que beijos na boca estavam fora de questão optou por me beijar no pescoço e se eu ao principio fazia resistência…deixei-me ir…que aqueles beijos sabiam bem…sabiam tão bem que ficava…molhadinha.
Anos mais tarde…depois de alguns namoricos sem importância e com beijos desinteressantes conheci um outro rapaz que me levou aos pícaros. Numa discoteca…enquanto eu dançava à frente dele…agarrou-me com vigor…e espetou-me um daqueles beijos com baba mas sem me babar que a menina (eu ) ficou de quatro por ele…bom…digamos que acabei por casar com ele.

Como gosto dos beijos…
Gosto deles bem molhados,
Gosto de brincar com a língua e de “chupar” nos lábios do outro deixando-os abrasados;
Gosto de beijar no pescoço sentir o cheirinho da pessoa beijada,
Gosto de ser beijada nas costas e no pescoço e de sentir que sou cheirada;
Gosto de percorrer o corpo da outra pessoa com beijos sem pudor,
Gosto de ser percorrida com beijos pelo corpo com sentimento e ardor;
Gosto de beijar as zonas genitais com beijos de paixão;
Gosto de ser beijada e terminar em explosão;
Gosto do beijo porque gosto…e gosto muito.
Só há um beijo que ainda não dei mas talvez venha a experimentar num futuro se der…quem sabe não terei ainda um beijo de uma mulher.
A vocês ...que lêm isto...um grande, grande beijo!!!!

Cheiro a cavalo!


Este post é dedicado exclusivamente ao espécime do sexo masculino. Decidi que vos vou “ajudar” meus senhores por isso sigam as dicas com alguma atenção.

O tempo em que uma mulher gostava de um homem com cheiro a cavalo já há muito que ficou para trás. Um homem acha que por tomar banho todos os dias…que é muito limpinho e tal…é…de facto é…mas se não puser desodorizante nos sovacos…em duas horas…cheira tão mal como se não tivesse tomado banho e depois…depois vão para o metro, ou outros transportes públicos, onde levantam o bracinho…para quê?…só pode ser para ficarem rodeados de outros homens porque as mulheres afastam-se todas para outro lado. O cheiro a cavalo não seduz …não…ponham desodorizante e…um pouco de perfume…e se o meterem no pescoço pode ser que…alguém se atreva e vá cheirá-lo. Um homem perfumado (nada de despejarem frascos…um toque de perfume é o suficiente) é capaz de arrancar um sorriso maroto à mais difícil das mulheres…e com sorte…arrancam também algum piropo ;). Uma mulher gosta de apreciar um homem, gosta de ver ou imaginar que o homem tem bíceps e pernas bem torneados e principalmente um tronco sarado (termo brasileiro que aprendi com um colega – ou seja, com tabletes e em V de preferência) mas isto só em si não é suficiente. Não…não é suficiente!
Vamos começar por cima:
O cabelo – o cabelo não deve estar gorduroso mas sim brilhante. Não basta o cabelo parecer lavado…se tiver para o baço...também não é muito atraente…caspa no colarinho…é grosseiro…melhorem nos champôs por favor. Para aqueles que não têm cabelo…usem por favor o cabelo rente…não usem o cabelo comprido à frente para depois se ver a careca mais atrás…pente 3 ou mesmo 2 dependendo dos casos…quem sabe o 0. Assumam a careca! Para os mais velhos, por favor não se armem em self cabeleireiros indo buscar cabelo das patilhas para dar a volta à cabeça e fingir que têm cabelo. Até porque por vezes (não aplicados a todos os casos) uma careca bem assumida se torna um pólo de charme.
Os olhos – Nos casos em que alguns pêlos das sobrancelhas teimam em ser maiores que os outros nada como arrancá-los ou, para os mais sensíveis, uma boa aparada. Naqueles casos em que as sobrancelhas se tocam cerradamente pode haver lugar a uma depilaçãozinha (pois…meus meninos…se as senhoras o fazem porque não vocês) garanto-lhes que deixam de ter aquele aspecto…carrancudo.
Nariz – É imperativo que não se vejam pêlos a saírem pelo nariz…só de imaginar que pode vir por ali a descer tranquilamente um daqueles macaquinhos…Uiiiiiiiii.
Boca – Dentes certinhos se os tiverem…se não…desde que estejam limpinhos o que implica necessariamente não cheirar mal da boca claro. Se tiverem dentes certinhos, limpinhos mas cheirarem mal da boca…bom já podem adivinhar porque não tem sorte de chegar sequer a um beijo n’é?
Barba – Esqueçam a barba por fazer porque pica quando queremos um french kiss e os lábios ficam em fogo e não é de desejo por mais…garanto-vos! Àqueles que deixam a barba crescer…bom o conselho é semelhante ao dos cabelos.
Mãos – Unhas limpas e curtas. Não deixem a unha do dedo mindinho ficar mais comprida que as outras…se querem tirar a cera dos ouvidos ou restos de comida dos dentes…há cotonetes e palitos que servem esses fins.
Genitais – Lavadinhos, aparadinhos ou mesmo rapadinhos…com uso de um boxer sexy diário, ou seja um diferente cada dia…nada de usarem o mesmo boxer vezes seguidas…são malucos?...e àqueles mais atrevidos quem sabe a tentativa de usarem um boxer branco…se não “soprarem” demasiado durante o dia…não suja ;).
Pele – Não se iludam meus caros…vocês também envelhecem…e nem todos ficam charmosos com o avançar da idade e a barba só vos protege numa parte da cara. Nas zona dos olhos começam a aparecer a primeiras rugas (nalguns casos aparece também o primeiro sinal de charme) mas a estas seguem-se outras e cada vez mais fundas por isso podem começar a prevenir com um hidratante.

E para aqueles que dizem: Bolas, eu cá não me meto nisso! Isso é coisa de maricas!!!
Eu só tenho a dizer: Não é não senhor! É coisa de um homem com eles no sítio e que está bem seguro das suas opções sexuais. E acrescento: não há nada mais sedutor que um Homem seguro de si e cheirosinho;).

Ah, bons velhos tempos

Os três Moscãoteiros


Agora que parece que estamos numa de recordar, lembrei-me de procurar o genérico dos meus bonecos preferidos de quando era pequena (há muito, muito tempo).
A ideia veio do facto de agora chamar Dartacão ao meu pai. Eu explico.
Comprovando a ideia que os homens chegam a uma certa idade e começam a regredir para a infância, o meu pai teve agora a ideia tonta de deixar crescer mosca. Se calhar a culpa é minha, porque ando sempre a falar em metrossexuais e que ele devia ser um bocado mais metrossexual.
O problema é que a entidade paternal não só deixou crescer a mosca, como está a fazê-la triangular. Já adivinharam, como um mosqueteiro. Por isso, agora chamo-lhe Dartacão e canto-lhe a canção dos três moscãoteiros, inúmeras vezes ao dia, na esperança que o gajo se canse de me ouvir e rape aquela treta.
Até agora não tive sucesso nenhum. Mas a situação sempre deu para mais um post, o que já não é nada mau.
A ideia é ver o vídeo e cantar a canção ao mesmo tempo. O pessoal da minha fixa etária sabe a letra de certeza.
Vá lá, libertem a criança que têm dentro de vocês...
November Rain

E porque é Novembro (o meu mês)... e porque chove...e... porque quero ;)

R.I.P.


Não…não vou falar do filme. Vou falar de Amélia e do seu não tão fabuloso destino. A história de Amélia inspirou-me, há uns quatro ou cinco anos atrás, a começar a fazer um projecto que há muito eu desejava. Escrever um livro. Quando o comecei a escrever toda a história se desviou…logo ali…na primeira página…teve que ser para ter um sabor diferente…desta Amélia que conheci.
E assim reza a história:
Amélia nascida em 1910 fica, poucos anos depois, órfã de pai e mãe. Ela e a irmã. Despejada na casa de uma tia que tinha os seus próprios descendentes e uma situação financeira precária é posta em pouco tempo sob a protecção da Casa Pia. Desenvolve o instinto de sobrevivência e agilidade de pensamento para se safar. É arguta e desconfiada. Vê e escolhe os seus pais adoptivos pela quantidade de ouro que carregam. Faz-se doce, carrega no sorriso e safa-se. É levada para o Ribatejo e separa-se da irmã. Devidamente educada aprende a ler e a escrever. Faz contas de matemática de trás para a frente. Conhece o João, homem com quem se casa mais tarde, afinando-se com as irmãs dele. E dele tem quatro filhos culpando-se pela morte do último. Os filhos crescem com a rigidez da educação que ela lhes proporciona. Alguns castigos, mais duros, nunca foram esquecidos e as suas mentes são para sempre condicionadas e viradas para o lado negativo da vida. Os filhos casam-se, mudam-se e têm os seus próprios filhos. Os netos…os pais que os criem. A neta “caçula” em casa dela…nem pensar! A imã à muito deixada para trás suicida-se por não suportar uma vida triste de maus-tratos. O João não resiste a uma vida de trabalho duro no campo. E ela começa a receber o apoio que os filhos lhe tentam proporcionar. E acaba por criar conflitos com as noras. Enrola-se num jogo de intrigas e maledicências…um diz que me disse…que nunca acabou. As noras cortam relações com ela. E ela volta para casa…sozinha. O único consolo é a sua única filha que a leva por temporadas para sua casa. De todas as vezes vem de lá zangada com ela. Não tem grandes amizades. Arranja conflitos com as pessoas mais próximas. Anos mais tarde cai à cama e começa a preparar os filhos para a receberem nas respectivas casas. Uma das noras aceita-a mas a outra permanece irredutível…e é a neta “caçula” que a recebe na sua casa. Vai de três em três meses para casa de cada um dos filhos e neta. E começam a existir intrigas novamente…um diz que me disse. Os filhos brigam uns com os outros. Proferem palavras partidas. Cada um vai à sua vida e é a sua única filha que se predispõe a tratar dela. Leva uma vida atormentada pelas lembranças. Fez tudo para alcançar a felicidade mas só a viu raspar ao lado. Desconfia de tudo e de todos. Não é feliz. Nunca o foi e continua arguta e desconfiada após 96 anos. Foi hoje a enterrar. Lágrimas? Sim…dos que privaram com ela nos últimos anos (filha e netos). Para além da filha só um dos filhos assistiu…levado pela neta “caçula”…o outro...não “pôde”. Foi hoje a enterrar. Lágrimas? Da neta "caçula"?Sim…teimaram em saltar para fora mas não pela sua partida…não pela saudade…mas sim porque desperdiçou toda a sua vida e fez com que os dois filhos que lhe prestaram as últimas homenagens…tivessem quase lado a lado…sem se falarem sem se reconfortarem…sem nada que os unisse. Agora…que descanse em paz!

Bushismo


FRASES FAMOSAS DE GEORGE W. BUSH Jr.

"A grande maioria das nossas importações vêm de fora do país.”
Hummm...a grande maioria...hummm...porque a outra parte vem de...???

"Marte está essencialmente na mesma órbita... Está mais ou menos à mesma distância do Sol, o que é muito importante. Nós temos fotos onde se vêem canais, pensamos, é água. Se há água, isso significa que há oxigénio. Se há oxigénio, significa que podemos respirar." (11/08/94)
Que sufoco!!!!

"Eu acredito que nos dirigimos de modo irreversível para a liberdade e democracia mas isso pode mudar." (22/05/96)
Sim...pode mudar para a repressão...afinal..."uns safanões dados atempadamente nunca fizeram mal a ninguém" (António Oliveira Salazar)

"Eu não sou parte do problema. Eu sou Republicano."
Parte não...de facto...

"O futuro será melhor amanhã."
Já????

"Nós vamos ter o povo americano melhor educado do mundo." (21/09/97)
Nota-se...a começar...pelo Presidente...que tem que dar o exemplo.

"Pessoas que são realmente muito estranhas podem assumir posições chave e provocar um terrível impacto na Historia."
Ele deve ter ensaiado este dicurso a ver-se ao espelho

"Eu mantenho todas as declarações erradas que fiz." (para San Donaldson)
Se estão erradas...what's the point???

"Nós temos um compromisso firme com a NATO. Nós fazemos parte da NATO. Nós temos um compromisso firme com a Europa. Nós fazemos parte da Europa."
Eu às vezes também não sei onde estou...perco-me...nas ruas...de Lisboa.

"Falar em público é muito fácil." (09/10/97)
...principalmente quando se faz declarações...certas ou erradas...o importante é mante-las

"Um número baixo de votantes é uma indicação de que menos pessoas estão vindo votar."
Ou vice versa...mas assim já ficámos esclarecidos

"Quando me perguntaram quem provocou a revolta e as mortes em Los Angeles, a minha resposta foi directa e simples: A quem devemos culpar pela revolta? Aos revoltosos. Os revoltosos são os culpados. A quem devemos culpar pelas mortes? Os que mataram são os culpados."
Directa...mas não simples...ou simples... mas não directa...ou simplesmente directa...ou ainda directamente simples...venha ele e escolha.

"Nós estamos preparados para qualquer imprevisto que pode ocorrer ou não." (22/09/97)
Se o imprevisto não acontecer eu estou para ver como é que eles se safam!!!

"Para a NASA, o espaço é alta prioridade."
e para os X-files???

"Todos somos capazes de errar mas eu não estou preocupado em esclarecer os erros que posso ter cometido ou não."
Isto só vem confirmar a afirmação anterior! Se ele mantém o que disse de errado para quê preocupar-se! Duhhh

"Não é a poluição que está prejudicando o meio ambiente. São as impurezas no ar e na água que fazem isso."
As impurezas são o quê? Caganitas de pássaros e de peixes respectivamente?

"É tempo da raça humana entrar no sistema solar."
Eu também ando muito no mundo da Lua...

"Eu gostaria de ter estudado latim assim me comunicaria melhor com o povo da América latina." E eu romano para comunicar com o pessoal de Roma

"Se não tivermos sucesso corremos o risco de falharmos."
Se a minha avó tivesse 'tins-tins' era o meu avô.

Mais perus - Feliz Acção de Graças


Como as malandras das minhas companheiras de blog não postam e eu tinha uma foto de um peru com o George W. a mais, lembrei-me de marcar também neste blog esta ocasião.
Não é todos os dias que se vê um presidente a afagar a cabeça de uma ave de grande porte. Por isso, é de aproveitar.
Tenham um excelente fim-de-semana, boa acção de graças, atrasada é certo, mas o que vale é a intenção e comam muito peru (porque fazer-lhes festas é perigoso...)

Feliz Aniversário, Kruella

Hoje a nossa Kruella é uma menina pequenina. Por isso, vamos todos desejar-lhe os parabéns.
MUITOS PARABÉNS
HAPPY BIRTHDAY
JOYEUX ANNIVERSAIRE
HERZLICHE GLÜCKWÜNSCHE ZUM GEBURTSTAG
My friend, que passes um excelente dia e tenhas muitas prendinhas. E como dizem não sei muito bem onde, que contes muitos e que eu esteja cá para vê-los.
Muitos beijinhos da Miss Precious

Uma questão de tomates


Hoje vou correr o risco de vos deixar perceber como funciona o meu cérebro. Na realidade, acho que não corro um risco muito grande, porque ele é tão tortuoso, que não têm grandes hipóteses de seguir o raciocínio, mas adiante.
Um dia destes, quando ia a sair de casa, comecei a pensar que tinha bilhetes para o ballet e que já não sabia para que dia eram. Seguiu-se esta sequência de pensamentos:
“Será que vou gostar do Lago dos Cisnes? A Gata Borralheira foi um bocado aborrecido.”
“Espera, não é o Lago dos Cisnes, é o Quebra-Nozes. Raios, confundo sempre estes dois.”
“Quebra-nozes, quebra-nozes. Em inglês, Nutcracker.”
“Hehehe, nutcracker (=noz, mas em calão americano, testículos).”
“Porque lhe chamarão nozes? Parvos… Tomates faz mais sentido.”
“É pá, não faz sentido nada. Porquê tomates e nozes?”
“E os alemães chamam-lhes Eier (=ovos).”
“Porque é que só nos ocorrem nomes de comida para designar este órgão masculino?”
E entretanto veio o autocarro e quebrou-me a corrente de pensamento.
Este é um bom exemplo de pensamento em espiral produto da minha cabeça. Começa numa ponta e vai parar Deus sabe onde.
Escolhi uma corrente de pensamentos relativamente fácil para começar. Esta pelo menos vai partindo do pensamento anterior para se desenvolver, porque há alturas que vou avançando por salto, tendo os pensamentos uma ligação menos que óbvia para o médio e comum mortal.
E tudo isto acaba por servir para falarmos de tomates. Sim, alguém sabe porque é que esta parte em específico dos homens tem calão culinário em várias línguas? Se sabem, partilhem porque não estou mesmo a ver. Ou façam sugestões para ver se chegamos a uma conclusão.
E daqui, passamos para duas expressões utilizadas na língua portuguesa, cujo significado vou passar a analisar.
A primeira é “não tens tomates nem nada” e é utilizada num contexto em que alguém que não tem coragem para fazer determinada coisa. Ora, isto dá azo a confusões. Os homens têm normalmente dois tomates, mas conheço alguns frouxos (confesso que não investiguei se tinham o equipamento completo). E quem tem só um tomate, tem metade da coragem? E como é com as mulheres? Para este último caso, as minhas colegas de universidade diziam “não tens ovários nem nada”.
A segunda é “és uma mulher de tomates” e utiliza-se num contexto em que uma mulher toma uma posição de força ou mostra a sua força. Tem os mesmos inconvenientes da anterior.
E tudo isto porque a força e a coragem são características supostamente masculinas, e se as tens, tens tomates como um gajo de barba rija.
Ora, o que fazer quando não se quer ter tomates (têm de convir que tem o seu inconveniente para as mulheres) e ainda assim se quer ser uma mulher de tomates (gaja decidida e de força)? Usar um vocabulário menos machista.
Tudo isto para concluir dizendo que é preferível deixar os tomates no domínio e contexto culinário e passar a dizer as coisas como elas são. E sobretudo não ter pensamentos em cadeia sobre o assunto…

PS: Se vos pareceu que este post não fazia lá muita lógica, têm toda a razão. Foi escrito a dois tempos porque fui interrompida pela minha estagiária honorária. Eis a prova que não se deve deixar o trabalho interferir com o blog. Bolas, não torna a acontecer…

No Natal eu NÃO quero que o meu presente seja...

Estava eu a pensar no que queria que me oferecessem no Natal (a minha maninha está a ficar velhota, 'tadinha... e visto o Alzheimer estar já a dar cabo daquela cabecinha linda, ela precisa de uma listinha para não se esquecer de nada) quando, por motivos que continuo a desconhecer, o meu neuroniozito (ora em coma profundo, ora em coma superficial) começou a pensar no que é que eu NÂO queria receber (o meu cérebro tem estradas que não se encontram em nenhum mapa... o quenão só não facilita como é ridículo ;) ).

Sendo assim decidi partilhar (eu sou uma moçoila muito 'partilhadora') a minha lista dos NÃOS (até porque não estão a pensar em não dar uma prendinha à menina não é?????):

1) Não quero Pijamas! Meninos e meninas do meu coração... porque é que uma pessoa tem o azar (ou estupidez) de num ano dizer que precisa de pijaminhas quentinhos e depois passa três anos a receber pijamas no Natal e nos anos?? Eu tenho mais pijamas do que roupa propriamente dita (e também há quem diga que os meus pijamas são muito mais 'fashion' do que a minha roupa mas isso agora não interessa mesmo nada).

2) Não quero Meias! Eu sei... eu sei! Não há maior prazer do que enfiar no pézinho uma meiinha nova (haver maior prazer até há... mas o tema dos brigadeiros de chocolate fica para outro post!!). Mas a menina, à falta de prazer na sua vida, comprou uma boa meia dúzia de pares de meias há pouco tempo (já viram?? 24 meias novas é muito prazer!!!) e não tem espaço para guardar mais!

3) Não quero Cursos de Culinária! Admito que até me fazia falta! Admito também que até gostava MAS (e há sempre um Mas) isso iria acabar com metade do meu carisma que de si já não é muito! Os meus amigos gostam deste meu lado que não cozinha, eles gostam que eu comece a tentar fazer uma omelete e acabe sempre em ovos mexidos, que os meu ovos nunca cozam e que o meu arroz nem sempre saia bem (não sei se repararam que a minha área de experimentação resume-se a ovos e arroz). Por isso, para não perder aquilo que já pouco tenho thanks but no thanks ao curso de culinária!

4) Livros, filmes, cd's... a não ser que eu vos diga directamente através de indirectas que quero o DVD do Fabuloso Destino de Amélie Poulain, que quero o cd daquela menina que acho que tem Rae no nome (mulatinha muito bonita), a não que vos diga que quero o livro "Se numa noite de Inverno um Viajante..." escusam de ir por estes lados. O mais certo é eu já ter ou não querer ter de todo!

5) Brindes cheque! E lá há pior presente do que este?? Mais valia escreverem-me um postal a dizer "Minha querida, não estou para perder nem tempo nem imaginação para tentar descobrir o que te faz falta, por isso toma lá morangos... quer dizer brindes cheque!" (aparte: nunca ninguém me deu um brinde cheque, mas caso alguém estivesse com ideias...)

6) Dinheiro! Pela mesma razão do que foi dito no ponto anterior! A não ser, claro, que estejamos a falar de quantias abismais! Aí a menina (que sou eu) não se importa e até é coisa para agradecer!

7) Telemóveis! meninos... acham mesmo que aquelas mossas na minha parede é o estuque a cair por si???? Please!!!! Os Telemóveis têm uma particularidade que as galinhas (do esticadinho) não têm... não têm asas mas voam! E na minha casa há uma certa tendência para voos descontrolados de telemóveis contra as paredes... por isso deixem lá!

E feita a minha lista do que eu Não quero fico à espera de ver o que raio me vão oferecer!!! (até porque se pensarmos bem ainda me habilito a receber um kilo de cebolas pois não está na minha lista...)
Thriller - Michael Jackson 1983

Sim...é de facto o Michael Jackson antes de ser branco e antes de começar a perder o nariz...mas já com alguns monstros à solta!
bananarama-venus

Então aqui vai o que se via no Top de música, em Portugal.LOL (nós víamos isto?) LOL

Em tempos idos...


"De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípio de 80 não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas em tinta á base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos. Não tínhamos frascos de medicamento com tampas "á prova de crianças" ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas. Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes. Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags viajar à frente era um bónus. Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora. Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso. Saímos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos á rua. Jogávamos ao elástico e á barra e a bola até doía! Caíamos das arvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal. Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados. Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem, ou não, íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.
Criávamos jogos com paus e bolas. Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais safarem-nos, eles estavam do lado da lei. Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo. És um deles? Parabéns!

A maioria dos estudantes que estão nas universidades hoje nasceram em 1986...Nunca ouviram "we are the world" e "uptown girl", conhecem de westlife e não Billy Joel. Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle, Culture Club ou Duran Duran. A SIDA sempre existiu. Os CD's sempre existiram. O Michael Jackson sempre foi branco.
Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo fosse um dia deus da dança. Acreditam que Missão impossível e Anjos de Charlie são filmes do ano passado. Nunca viram "Um anjo na Terra" nem a "Grabiela" com a Sónia Braga. Não conseguem imaginar a vida sem computadores. Não acreditam que houve televisão a preto e branco."
P.s. - Recebi este texto via E-mail (não sei quem foi o autor) e fiz alguns retoques cortando aqui e acrescentando ali.

Conversas entre K. e Miss P.

Dada a bloguite que tomou conta de mim, vejo assunto para posts em todo o lado. Dada a minha triste condição de viciada, tal aconteceu-me durante uma conversa no MSN com a nossa Kruella, tendo ambas concordado que isto merecia um post. Não só é relevante para averiguar o grau de loucura de certas participantes deste blog, mas também dará um certo olhar esclarecedor sobre o que é que as gajas falam ao fim do dia depois de uma estar farta do trabalho e a outra farta do puto e do cão…
Ora cá vai o nosso interessante intercâmbio de ideias (transcrito com autorização da Kruella). O que também serve para mostrar que não são só a K. e a Semi a ter conversas permeadas de parvoíces.
Meus senhores, isto é uma conversa real, à qual foram cortadas certas partes (a bem da moral e dos bons costumes, sim, porque apesar de tudo, temos reputações a defender e alguns de vocês sabem quem somos e onde moramos), corrigidos alguns erros ortográficos e retiradas as abreviaturas e smiles. Quem havia de dizer no longínquo ano de… (já não me lembro, mas foi de certeza há muito tempo), tendo nós travado conhecimento na Alliance Française, que a nossa amizade ia dar nisto… (Nota: meus comentários posteriores a azul)
Início da conversa
Miss Precious diz: olá
Kruella! diz: oi, tás boa?
Kruella! diz: tás ...PINK? (foi depois do post intitulado Pink)
Miss Precious diz: por acaso, estou green
Miss Precious diz: mas quando escrevi aquilo estava pink, salvo erro
Kruella! diz: ai o meu menino
Miss Precious diz: então?
Kruella! diz: tá a abrir a bocarra
Kruella! diz: ai credo
Miss Precious diz: hehe
Kruella! diz: lá vou eu abrir a porta ao cão (ora cá está a prova que a rapariga não mente quando diz que faz de porteira)
Miss Precious diz: digo isto porque não estou aí
Kruella! diz: bom
Kruella! diz: desculpa, tenho que ir tratar dele
Miss Precious diz: ok
Pausa
Miss Precious diz: esse rapaz já está mais calmo?
Kruella! diz: tá a comer
Miss Precious diz: ah, eu também acalmo nessas situações
Pausa
Miss Precious diz: ainda queria ir à farmácia e já é demasiado tarde, caracitas
Kruella! diz: isso não fecha só às 7?
Miss Precious diz: sim, mas eu demoro mais de meia hora a chegar à farmácia do bairro
Miss Precious diz: só quero ser atendida pelo meu farmacêutico, q é um rapazinho alto de olho azul
Kruella! diz: ena, ena
Miss Precious diz: q se atropela para me atender
Miss Precious diz: acho piada
Kruella! diz: ai ai, que isso ainda dá coisa
Miss Precious diz: e um farmacêutico dá tanto jeito
Miss Precious diz: n era mal pensado, vou dedicar-me ao assunto
(segue-se uma parte da conversa que achei por bem censurar, desculpem lá)
Miss Precious diz: terei de abordar o farmacêutico amanhã
Miss Precious diz: q pena, estava à espera de ter esse prazer já hoje
Miss Precious diz: só tem um defeito, é “despassarado”
Miss Precious diz: quando fui buscar ferro para o meu pai perguntou-me se eu estava grávida (Na realidade, depois lembrei-me o ferro era para mim que estou anémica. Vinha na mesma receita que a pílula, o que torna a pergunta estranha, topam?)
Miss Precious diz: e depois, quando fui buscar vitaminas para o meu pai
Miss Precious diz: perguntou-me que idade tinha o José
Miss Precious diz: e eu, 63 anos
Miss Precious diz: e ele, ah, desculpe, pensei que era uma criança
Miss Precious diz: ele quer à força que eu seja mãe
Miss Precious diz: isto também dava um bom post (ora cá está um sintoma da bloguite que nos anda a afectar a todas… Mais um assunto para outro post. Ena pá, c’um catano!)
Miss Precious diz: já não estás aí, pois não?
Miss Precious diz: estou a falar para o boneco
(outra pausa, isto de ter crianças é difícil)
Kruella! diz: tou, tou
Kruella! diz: fui deitar o cachopo
Kruella! diz: mas não sei se ele se fica
Miss Precious diz: hehe
Kruella! diz: tava a ler...
Kruella! diz: pois dava um bom post, mas tens que lhe dizer abertamente
Miss Precious diz: não sei se está a averiguar se sou uma rapariga disponível
Kruella! diz: que não tens filhos...
Miss Precious diz: mas é muito esquisito
Kruella! diz: e tás po ...disponível (ora aqui está a prova provada que a nossa Kruella tem um coração mole e tendências casamenteiras…)
Miss Precious diz: já sei
Miss Precious diz: queria um cêgripe e umas hibitane
Miss Precious diz: sabe, constipei-me, é de dormir sozinha
Miss Precious diz: não tenho quem me aqueça os pés
Miss Precious diz: assim achas que é subtil?
Miss Precious diz: tu que és uma mulher casada e com experiência de vida
Miss Precious diz: tens de me aconselhar
Kruella! diz: acho que sim...bem subtil
Kruella! diz: ai, oh pá
Kruella! diz: tens que pôr isto no blog
E pronto, cá está…

Nasceu um novo bebé


Ainda pensei em pôr como título sexo com animais para chamar mais a atenção, mas acho que o que escolhi é mais apropriado.
Eis que chega uma altura das nossas vidas em que temos de nos lançar a solo, em que o relógio biológico nos avisa que já está na hora e essas coisas todas.
Chegou, portanto, a hora de ter um blog só meu.
Eu que sempre quis ter um covil, finalmente criei um e na minha cor preferida e tudo. Vão lá regalar os olhos:
http://ocovildemissprecious.blogspot.com (isto é para aqueles que não consigam dar com o link à direita do blog…)
Para quem está neste momento a dar vivas porque pensa que, a partir de agora, poderá ler no blog Kruella as excelentes e sempre pertinentes contribuições de Kruella e SemiDays, sem ter de aturar as minhas patacoadas, pode desenganar-se. Sou mulher para escrever em dois blogs ao mesmo tempo. Vá lá, não chorem mais, não adianta…
Perguntaram-me qual seria o critério na divisão dos posts entre blogs. Isto é como aqueles cantores que têm o seu trabalho a solo e a sua banda. O material intimista fica no solo, as parvoíces e coisas mais gerais na banda. Obviamente as coisas que são seleccionadas para a banda, têm de fazer alguma lógica com o que já está no blog, sendo este um dos principais motivos que me levou a criar um blog só meu. É para poder ter todas as coisas irracionais e ilógicas num único local, obviamente.
De resto, as intervenções no covil serão semelhantes as intervenções no blog Kruella e estas continuarão a ser o que têm sido até agora.
Agradeço a ma chère Kruella por me ter iniciado no fantástico mundo dos blogs (e também por outras coisas que ela sabe quais são) e a ma chère SemiDays ter sido tão boa companheira de escrita. Agradeço também todos os comentários que amigos e desconhecidos fizeram, contribuindo para a dinâmica deste blog. O sucesso do blog também passa por vocês.
Agora não pensem que se safam de começar a comentar no covil e de continuar a comentar aqui. Sim, há trabalho de casa a dobrar, meus amigos, mais blogs para ler e comentar.
Que continuem as hostilidades…

Criação de um novo BLOG

Esta cena dos Blogs entranha-se. Há um entusiasmo que nos motiva a colocar ideias, opiniões ou simplesmente mostar os nossos gostos. Quando convidei as minhas duas meninas para darem um novo alento à minha página foi com a intenção não só de melhorar e diversificar o nível mas também para aproveitar a capacidade de cada uma.
Bom, a Miss Precious gostou tanto da esperiência que decidiu criar o seu próprio Blog "O covil de Miss Precious" cujo link se encontra nesta página. Claro que com a promessa de que não nos abandona de vez.
;)

To be or not to be poliglota


Isto de ser uma criatura poliglota tem muito que se lhe diga.
Primeiro, é um investimento avultado. Sempre que penso nos milhares de contos/euros que já gastei nos institutos de línguas, fico doente. Particularmente quando penso na Alliance Française. Há altura em que começo a fazer contas, mas paro sempre antes de chegar ao total final. A verdade é que tenho medo que me dê algum ataque se algum dia souber que, com o dinheiro que gastei com o estudo de línguas, posso comprar um T2 com garagem e arrecadação no centro de Lisboa.
Segundo, o pessoal fica convencido que somos doidos. “Falas três línguas estrangeiras?” segue-se geralmente de uma expressão característica no olhar (aquele que se faz quando confrontado com um marciano verde e com antenas). A verdade é que as pessoas não percebem o esforço nem o gasto de dinheiro que se faz com estas coisas. Tenho ideia que se dissesse que era viciada em heroína ou era compradora compulsiva de filmes porno, o pessoal seria mais compreensivo. E agora sou só quadrilíngue, imaginem só daqui a cinco anos, quando for penta ou hexa (havemos de lá chegar…).
Terceiro, a intolerância quanto à língua alemã. Gostava de ter cinco euros por cada vez que alguém se virou para mim com ar espantado quando soube que eu estudava alemão. Se isso acontecesse, tinha os cursos de línguas pagos até aos 80 anos. Mais engraçado é quando me perguntam “mas isso serve-te para alguma coisa?” ou “precisas disso para o trabalho?”. A resposta habitual é “Aprendo alemão porque gosto da língua”. Não teria uma reacção mais horrorizada se dissesse “gosto de sexo com animais” ou “”decapito gatinhos bebés e como-lhes o fígado”.
Quarto, a persistência. Tenciono nunca deixar de aprender línguas enquanto ainda houver coisas para aprender. Será assim tão censurável?
Perguntou-me um amigo o outro dia, na sequência de eu dizer que estava um bocado saturada do alemão e se calhar ia fazer uma pausa (allô, Singapura): “Será que te sentes uma mulher realizada se não souberes pelo menos sete línguas estrangeiras?” Resposta: Não. Costumo dizer que só desisto quando souber tantas línguas quanto o Papa. A fasquia aumentou com o Rato da Singer que sabe mais duas línguas que o JP2. A verdade é que, se chegar a apanhar o nosso amigo papista, não me parece que cumpra a minha palavra.
Espero, aliás, que o nosso amigo chifrudo tenha institutos de línguas lá em baixo, perto do bairro onde me atribuírem caldeirão, porque senão vai ter uma rapariga muito insatisfeita a fazer-lhe a vida um inferno.
Quinto, a minha intolerância contra a ignorância, na vertente impossibilidade de comunicação/compreensão. Irrita-me profundamente não compreender o que dizem, mais ainda do que não ser compreendida. Imaginem a minha frustração o ano passado em Bratislava quando não se encontrava uma alminha na rua que falasse uma das línguas mais correntes. Senti-me perdida…
Dá-me consolo saber que não estou sozinha no mundo, que há outros poliglotas por aí a pensar porque são assim tão incompreendidos.
Poliglotas, uni-vos. Temos de fundar uma associação, meus amigos.
Termino dizendo que os planos para o futuro incluem, pelo menos, o russo e o árabe, tendo deixado a ideia do polaco para trás. O alemão está a tornar-se fácil demais… (brincadeirinha, ok?).
Mas sendo eu uma pessoa que adora mudar de ideias e faltando ainda muito tempo para o próximo ano lectivo, ainda podemos vir a ter novidades neste campo. Esperem mais posts linguarudos, ainda me falta dizer porque adoro alemão e porque aprendi francês apesar de detestar a generalidade dos nativos do país.

PS: Uma anedota poliglota para terminar (agora é que acabo mesmo, prometo):
Dois brasileiros são abordados na estrada por um suíço que lhes pergunta: “Do you speak english?”
Eles acenam que não com a cabeça.
O suíço pergunta então: “parlez vous français?”
Novo aceno de cabeça negativo.
Voltando à carga, pergunta novamente: “Sprechen Sie Deutsch?”
Outro aceno de cabeça negativo.
Contrariado, o suíço acaba por ir embora e diz um brasileiro para o outro: “Acho que devíamos aprender uma língua estrangeira.”
Responde-lhe o outro: “Para quê? Aquele sabia três e não lhe adiantou de nada”.

Conversas intelectuais do mais alto nível

Club Me 1 Na Segunda-feira, aos treze dias do ano de dois mil e seis juntaram-se em casa da Kruella, a própria, o rebento, o cão e a Semidays.
Quando se juntam a conversa declina para dois lados: ou falar mal de alguém ou dizer parvoíces a falar mal de alguém o que termina sempre em risada descomunal por vezes, mas só por vezes, acompanhada de pedaços de comida a saírem pelo nariz (às vezes também sumo).
Neste dia não foi excepção!!
Excluindo as partes onde o nome da terceira pessoa visada não dá para contornar e as partes em que o círculo vermelho no canto superior direito se impõe, estes foram os excertos dessa animada conversa:

1) Cabrão, qual cabrão?

Diz uma: Então, tens visto o cabrão? Tens falado com ele?
Diz a outra: Cabrão? Qual cabrão?
Diz uma: O cabrão!
Diz a outra: Ahhh esse cabrão!!!!!
….
(risada a sair sumo pelo nariz)


2) Lagarta ou Sardanisca?

Diz uma: às vezes tenho uma osga ali na parede a comer as melgas!
Diz a outra: Ah! Elas gostam disso é?
Diz uma: Pois claro! Elas comem insectos!
Diz a outra: Ahh… está aí? Eu nunca vi nenhuma…
Diz uma: O QUÊ??? Nunca viste nenhuma?... (silêncio constrangedor) São como as sardaniscas…
Diz a outra: O que é uma sardanisca? Nunca vi nenhuma também!
Diz uma: … … … (olhar de esguelha acompanhado de um silêncio ainda mais constrangedor)
Diz a outra: Não, nunca vi nenhuma! Lá de onde eu venho devem chamar-lhe outra coisa.
Diz uma: Opa, uma sardanisca é uma sardanisca!
Diz a outra: Lá há umas lagartas que andam assim (tentativa de imitar o animal)
Diz uma: Mas são pequeninas?
Diz a outra: São! São lagartas pequeninas!
Diz uma: Humm! Então não! Isso são Sardaniscas!
Diz a outra: São Lagartas!
Diz uma: São Sardaniscas!
Diz a outra: Não! São Lagartas!
Diz uma: Não, não! São Sardaniscas! Se são pequeninas são Sardaniscas!!!!
Diz a outra: hummmmm

(risadas originadas pela proficuidade do diálogo!)


3) Há estrelas no céu

Diz uma: Ehhhia… aqui vêem-se tão bem as estrelas!!!!
Diz a outra: Sabes o que isso significa?
Diz uma: Que o céu ‘tá estrelado?
Diz a outra: Não! (já a desanimar)
Diz uma: (toda animada) que amanhã o tempo vai ‘tar bom?
Diz a outra: Sim se estivéssemos no verão…mas nesta altura do ano significa que a noite vai ser fria…um nevoeirozito talvez!
Diz uma: Ahhh!
(silêncio a olhar para as estrelas)
Diz a outra: Pois…(só para fazer conversa)
Diz uma: Ahhh! Aqui vê-se também a Centopeia… ou o escorpião… não sei, parece uma cobra…
Diz a outra: Eu nunca consegui ver isso das estrelas! Onde está a Ursa?
Diz uma: Ohhh… eu aqui também não consigo ver bem! Acho que são aquelas quatro (a apontar)…
Diz a outra: Não apontes! Aqui diz-se que quando se aponta para as estrelas nasce uma verruga na ponta do dedo!
Diz uma: Opa estou farta de apontar e ainda não me nasceu nenhuma!
Diz a outra: Devem ser aquelas quatro estrelas com o rabo (indicando à medida que apontava perdendo o medo de lhe nascerem verrugas nos dedos. MAS apontando com o dedo em forma de gancho não fosse o ‘diabo’ tecê-las)
Diz uma: Eu acho que o rabo fica para o outro lado!
Diz a outra: Hummm! Eu acho que SÃO aquelas quatro estrelas com o rabo! Onde fica a menor? (só para mudar de constelação)
Diz uma: Hummm! Opa, aqui há tantas estrelas que não dá para perceber! Na minha zona não há tantas!
Diz a outra: Pois é…as estrelas...estão sempre a mudar…e cada vez há mais!
….
(Risota total, agarradas à barriga, a partilhar um pacote de lenços e com a decisão tomada que estas preciosidades tinham que estar no blog!).





Cheiras tão bem...

Rammstein - Du Riechst So Gut


Hoje pus-me a pensar. Acho que atraiçoei os meus amigos Rammstein ao inserir no blog antes deles outra banda. E ainda por cima alemã.
Para corrigir esse grave erro, cá vai o meu vídeo preferido dos rapazes, seguido de alguns fait-divers.
Os Rammstein não são só alemães, vêm detrás da cortina de ferro, são "ossies" (não confundir com o Ozzy, se faz favor). Têm por isso o travozinho a leste, que para mim os torna especiais.
Será preciso dizer porque gosto deles? Então, cá vai. Para mim, uma banda para ser verdadeiramente genial tem de cumprir a sagrada trilogia: a música tem de ser boa obviamente, mas também têm de ter vídeos imaginativos e ser excelentes ao vivo. Para mim, os Rammstein cumprem todos estes requisitos com grande distinção.
A música é excelente, o som é inconfundível (mesmo para quem não gosta, é só falarem com a minha mãe, ela detesta-os mas reconhece-os à distância) e as letras do mais perverso que há (que querem, para mim isto é uma vantagem). O facto de cantarem em alemão para mim só acrescenta à qualidade. Se há língua adequada para rock pesado, temos de concordar que é o alemão.
Depois os vídeos são sempre elaboradíssimos, partem sempre de uma ideia bem esgalhada, se bem que nem sempre óbvia. Mas só estes rapazes fazem um vídeo sobre o Capuchinho Vermelho e a Branca de Neve e conseguem ainda assim ser do mais másculo que há.
E ao vivo, não há palavras para os rapazes, são os mestres do fogo. É só fogo e apocalipse. Quem vê não esquece...
Uma pequena nota para aqueles que ouviram dizer que eles são nazis. Nada nas letras ou entrevistas indica para onde a simpatia política dos rapazes pende. Mesmo o Links (em que o Till canta que o coração dele bate à esquerda) não é claro se ele está a falar de política. Eles negam ser nazis e não há factos concretos que apoiem essa teoria. Dizem alguns jornalistas que o Till rola muito os Rs a cantar, à semelhança do Adolfo. Ora para falar alemão, tem de se rolar os Rs, logo é um contra-senso. Se for por isto, podem ouvir à vontade que não estão a apoiar gente extremista.
Deixo-vos uma versão algo reduzida do vídeo, peço desculpa não consegui encontrar a versão de que me lembrava. Ainda assim está completa o suficiente para averiguarem o potencial dos rapazes.
Acabo dizendo que sou fã dedicada desde 98 e, pelo andar da carruagem, não me parece que me chegue a curar da doença…

Apagar o Passado - Karen Blixen


"Cortar a ligação com o passado - disse ele vagarosamente, como se falasse consigo mesmo -, conseguir apagá-lo, é o mais vil de todos os cortes com a lei do cosmos. É ingratidão, e uma fuga às nossas dívidas. É um suicídio: com esse corte, a pessoa está a aniquilar-se a si mesma (...) Eu não cortarei, no momento em que atingi o que, na verdade, sou, as minhas raízes, transformando-me numa sombra, transitando para o nada."

Nota: Quer a citação quer a foto que a acompanha foram retiradas do blog: blog.uncovering.org/ Ambos fizeram surtir em mim o efeito de cleptomaníaca... necessidade absoluta de vos presentear com o 'quadro' tal como ele me foi apresentado!

Ornatos Violeta

Já que as minhas queridas amigas, companheiras, camaradas deram o ar da sua graça musical (e nunca parem de o fazer! a música é importante de mais para se deixar silenciar) decidi que nem uma 'macaquinha de imitação' deixar aqui o meu piquinito tributito aos Ornatos!
Grande conjunto musical :P Pena que tenha acabado!!!
E a caminho de Braga vos deixo aqui o gostinho....

"Hoje o mar sou eu!" :D

Verrückt nach Nilpferde (Trad: Louca por hipopótamos)



Ora cá vão alguns devaneios sobre a obsessão por hipopótamos.
Eu não sabia até ontem que tinha uma obsessão por hipopótamos. Se calhar devido a um post anterior (Vd.: Ich bin ein Nilpferd), vocês já andavam desconfiados que algo se passava neste campo.
Ontem a Kruella teve a ideia de me mandar uma foto de um hipopótamo azul. Pensou ela: esta gaja maluca dedicou um post a um hipopótamo azul egípcio, isto é um hipopótamo azul, deixa-me garantir que caio nas boas graças dela, a ver se recebo uma boa prenda de Natal.
E pronto, fiquei a saber que entre os amigos passo por a gaja que gosta de hipopótamos. E fiquei a pensar se de facto terei ou não uma obsessão por essas simpáticas criaturas.
Depois de um ligeiro brainstorming, percebi que o hipo azul egípcio de Viena não era o único hipopótamo nos meus pensamentos. Outro hipopótamo vagueia pela minha mente e… pelo meu estômago. Estou a falar dos Happy Hippos da Kinder. É-me extremamente penoso passar por eles e não os querer comer. É grave, não só penso neles, como quero comer hipopótamos. A falar nisso, deixei dois sozinhos e abandonados em cima do rádio da cozinha. Se estivessem aqui, chamava-lhes um figo...
Depois de um brainstorming moderado, encontrei mais uma prova da obsessão. Quando estive no Jardim Zoológico o ano passado, foi ao pé do recinto dos hipopótamos anãos que passei mais tempo. Na altura, pareceu-me inocente. Mas não, já havia ali qualquer coisa que me atraía aos hipopótamos.
Daqui, lembrei-me da minha peça de artesanato preferida, o Bolachudo. Adivinhem lá que animal é? Um hipopótamo, pois claro. Foi a única peça que regateei numa feira de artesanto porque queria mesmo ficar com ele. Ainda por cima, está colocado em cima da televisão, sítio para onde estou sempre a olhar intensivamente durante um par de horas por noite. Ou seja, vejo o CSI, o Alerta Cobra e tudo o mais com o Bolachudo.
E finalmente, prova final, após brainstorming mais intenso, consigo lembrar-me do nascimento de um hipopótamo no Zoo, quando era adolescente. Isto não seria tão grave se eu não me lembrasse do nome que lhe iam pôr. Ia ser Laurinha se fosse menina ou Edu se fosse menino (nomes de novela brasileira, que juntamente com os nomes de jogadores da bola, é a sina da maioria dos pobres bichos do zoo). Já é mau que me lembre do nascimento em si, uma vez que não me lembro do de qualquer outra espécie animal (e, aparentemente, nascem tantos no zoo, parece que os bichinhos não fazem outra coisa...). Lembrar-me dos nomes 15 anos depois, é obra…
Pronto, já não há como negar as evidências. Nem vale a pena pensar se há mais hipopótamos na minha vida, porque me arrisco de facto a encontrá-los.
Só me resta assumir-me e sair do armário. Sou “hipopófila”.
Há obsessões piores, suponho.
Michael Bolton - When A Man Loves A Woman

Andava em busca de um video do Michael Bolton (New York New York), porque sendo este um dos meus cantores, de música romântica, favoritos é também um homem muito sensual. E no video que eu procurava ele está no seu melhor. É como o vinho!
Bom...na busca deparei-me com várias outras músicas cantadas por ele. Uma delas a do video em post.
"When a man loves a woman" que deu nome ao filme de 1994 e que se vê em trailer. Este filme é dificil de ver porque nos transporta para situações da vida em que as emoções afloram nas suas variadas formas. Já ninguém ama assim. A realidade dos nossos dias é: Estás bêbada? Não te queres tratar?Desaparece da minha vista!
Bem...já me estou a perder.
De toda a maneira a intenção foi "matar 3 coelhos com um cajadada só"...por isso aqui vai...quero dedicar este video a um amigo que é um fã incondicional da Meg Ryan (excelente atriz), a todos os que gostam do Andy Garcia (eu gosto...é um bom representante da espécime e também um excelente actor)e ainda a todos os que nesta altura andam meio lamechas como eu...um pouquito do som de Michael Bolton :)
Abraço Grátis!!!!;)

O Sexo não tem Poder

OOMPH! Sex hat keine Macht


Hoje sinto-me muito preguiçosa e não me apetece escrever um post à séria.
Prefiro comemorar o facto de finalmente saber inserir um vídeo no blog e vou partilhar com vocês uma das minhas bandas preferidas.
Os Oomph! são alemães como os Rammstein, mas são menos pesados que estes. Cantam em inglês e alemão, se bem que o último CD (Glaube Liebe Tod) já é inteiramente auf Deutsch, suponho eu que por os Rammstein terem demonstrado que é possível conquistar o mundo em alemão.
Têm um dueto com a Nina Hagen chamado Fieber e foi através desse vídeo que os conheci (também há-de estar no Youtube, é questão de o procurarem).
“Enamorei-me” deles quando fizeram a primeira parte de um concerto dos HIM, em que meteram estes gajos completamente no bolso. Na altura pensei, os tipos são mesmo bons. E ainda não existia o “Wahrheit oder Pflicht” que para mim é o melhor CD deles.
Desde aí e vários CDs mais tarde, confirmam que são a melhor coisa a sair da Alemanha depois dos Rammstein (desculpem lá, In Extremo, para vocês fica só a terceira posição).
Na minha opinião, têm a vantagem de ser suficientemente pesados para o pessoal pesado e suficientemente Pop para o pessoal mais “leve”.
Têm muitos vídeos fixes (Augen Auf, Meine Brennende Liebe, Das Letze Streichholz), mas este – Sex hat keine Macht - ocupa um lugar especial no meu coração. É inspirado no filme "O Exorcista", que é um clássico e está particularmente bem feito. Ah, e o vocalista também não é nada de se deitar fora.
Finalizo dizendo apenas que não concordo nada com o título da canção. Para mim, o sexo tem muito poder…
PS- Ao entrar agora no blog para "arranjar" este post, reparei que lhe foi atribuído o número 69. Ora não digam que não é apropriado...

Caminho por aí...


Caminho só. Vou vagueando na floresta de prédios de cimento. Vou andando suavemente pelas ruas abandonadas de sentimento.Vejo rostos nas janelas. Não os conheço! Tenho saudades...saudades da liberdade que nunca tive. Chiu! Não quero fazer barulho! Ponho um pé atrás do outro docemente. Ohhh...reparo agora que perdi os sapatos e os pés já estão doridos. Estou cansada...não posso caminhar mais...não quero caminhar mais. Não assim...Não sozinha...A alma grita de dor. Dor pelos pés que vão descalços. As pedras parecem lâminas cortam-me as plantas dos pés. Pedras da calçada, sujas, cheias de folhas...de papel. Deixo sair uma gargalhada que me rasga por dentro...não posso gritar tenho que me rir. Chiu! Não posso fazer barulho! Se acordar alguém...fico com companhia e eu não quero...não quero...não quero caminhar sozinha. Só mais um esforço...ponho um pé atrás do outro e caminho. Vejo outras pessoas que também caminham mas em ruas paralelas...paralelas...paralelas...as ruas não se tocam...correm paralelas e deixam as pessoas caminharem por elas. Eu...faço o caminho que tenho que fazer. Faço o que esperam que eu faça. Os pés ja vão a sangrar...porque não me calcei? Seria uma caminhada tão mais simples. Dou uma gargalhada sem fazer barulho. A alma grita por um sorriso iludido mas é engolido pelos pés da vida. Caminho só! Chiu! Há alguém no fundo da rua...da minha rua...os meus olhos iluminam-se o coração bate mais rápido...há alguém no meu caminho...com uns sapatos nas mãos!

O Mundo Maravilhoso das Flores


Vi estas tulipas coloridas e pensei em partilhá-las com vocês.
Adoro flores e tenho uma paixão especial por tulipas. Mas atenção, não gosto de flores cortadas num jarro, acho anti-natural. Gosto de as ver crescer e definhar no seu ciclo de vida normal.
De onde vem esta paixão pelas tulipas? Quando fui passar férias a Budapeste há uns anitos, fiz escala em Amesterdão. A escala foi longuíssima porque a pessoa que nos trata das viagens acha que escalas com menos de duas horas são muito curtas (não é ele que tem de ficar a olhar para o boneco a fazer tempo no aeroporto). Tivemos tempo de ver as lojas (três vezes) e obviamente havia bolbos de tulipas à venda. Foi lá que comprei os primeiros bolbos que plantei. Tulipas vermelhas.
A coisa correu tão bem (tivemos 10 tulipas enormes de um vermelho muito forte), que, desde então, vamos tendo tulipas lá em casa. Também decidimos variar, e no segundo ano começámos a ter também jacintos, narcisos, crocus e íris conforme os anos. É que lá em casa acreditamos que as paixões são para levar ao extremo, somos duas nativas de Gémeos e o Carneiro não tem voto na matéria.
Porquê especificamente esta flor? Porque é alta. Para mim, a altura é sempre uma coisa boa. Podem atingir 55 cm, o que as torna umas flores imponentes.
Têm uma variedade imensa de cores e mesmo feitios. Há tulipas brancas, vermelhas, azuis, amarelas, cor-de-laranja, matizadas e até pretas (ora, por observação directa, nós, peritas que já as tivemos de todas as cores, verificámos que são mais para o castanho ou arroxeado, mas o que conta é a intenção). O que importa é ter muitas e variadas, para fazer a explosão de cores que vêem na foto. Também as tulipas podem ser clássicas ou papagaias (com pétalas frisadas). Interessa fazer as combinações o mais loucas possível, tipo tulipa papagaia negra.
Outra vantagem é a facilidade de as criar em vaso, onde se habituam bem e não exigem grandes cuidados. Lá em casa, as plantas ditas normais sempre tiveram uma vida curta, falecendo sempre por acidente ou excesso de cuidados, até descobrirmos os bolbos. Claro que a flor do bolbo tem uma vida curta, duram uma semana e meia ou duas com sorte, mas isso é suposto ser assim. Quando é fatal que assim seja, a tristeza é menor.
E depois, as tulipas são fora do comum. Estamos sempre a dar e receber rosas e gerberas (vulgo geribéria). A tulipa é pouco habitual, talvez por ser cara. Se querem impressionar uma mulher, rapazes, tenham gestos fora do comum e inovem.
Mas o verdadeiro fascínio para mim é acompanhar o processo. Compra-se a terra e os bolbos, faz-se a plantação, vê-se os brotinhos a aparecer em Janeiro, elas vão crescendo até Março/Abril aparecerem as flores. Claro que entre Janeiro e Março/Abril a expectativa é grande para veremos se a plantação do ano tem sucesso. Depois vão definhando lentamente, desfaz-se a plantação e recolhem-se os bolbos para o ano que vem.
Há truques para prolongar o prazer de ter flores em casa. É só escolher bolbos que dêem flor em épocas diferentes, e assim, temos uma varanda florida durante um mês e meio.
Este ano, a plantação está atrasada, mas terá lugar brevemente. Espero ter registo fotográfico já em Março para vos mostrar as minhas pestinhas – este ano serão tulipas, narcisos, jacintos, íris e crocus.
Podem esperar um post com assuntos mais sangrentos para a próxima, que isto de falar de flores arruína a reputação de qualquer pessoa.

Sumo de cenoura


Deixemo-nos de coisas e 'bora importar para Portugal a tradição inglesa de ir até ao tasco mais próximo (versão portuguesa do 'pub') no final do dia de trabalho, beber um suminho de cenoura fresquinho (e quem diz um diz mais do que um) e passar um bom bocado com bons amigos a falar de disparates que só fazem bem à alma!
Mais que não seja porque o sumo de cenoura faz uns olhos bÓnitos :)
Vão ver como o resto da noite 'escorrega' muito melhor!!!!

Eu já fui ao meu Tasco! E Vocês? Já foram ao vosso???

Batatas Fritas


Não, não vou falar de outro dos meus pecados. Vou continuar a falar dos pecados dos outros. Calma, a associação de ideias torna-se clara mais adiante.
Ontem falei do Tio Günter e dos seus esqueletos no armário. Mas hoje achei que podia continuar na mesma onda, uma vez que outro assunto da actualidade entra nessa categoria e também tem ver com batatas fritas. Estou a falar do Mark Foley, congressista republicano que teve uns problemas com rapazinhos recentemente. O assunto torna-se particularmente interessante se pensarmos que a América está a ir a votos precisamente hoje.
Ora antes desta situação, este senhor tinha ficado famoso por duas situações. Primeira: consta que por sugestão deste senhor, as batatas fritas (French Fries) na cantina do Congresso passaram a chamar-se Freedom Fries após a oposição da França à guerra do Iraque. Considerando que a França tinha razão em opor-se à guerra (armas de destruição maciça, onde estão vocês?) e que a maioria dos americanos agora só quer ver as tropas americanas de lá para fora, foi uma medida de enorme relevância…
Segunda: À imagem do seu partido, este cavalheiro criticou duramente o tio Bill quando este se meteu com a Mónica. Certamente não se terá lembrado que tinha para lá umas estruturas ósseas no seu armário, que a meu ver são muito piores do que os esqueletos do Bill.
E onde estavam os nossos amigos republicanos no meio disto tudo? Calados que nem ratos quando sabiam este simpático andava a ter comportamentos impróprios com os pajens adolescentes do Congresso há mais de um ano. Resultado: São capazes de perder a maioria no Congresso e Senado para os democratas, sem que estes tenham tido grande mérito, nem tenham feito muito por isso.
Moral da história? Há vários. Se tens telhados de vidro, não atires pedras ao telhado do vizinho é um deles. Este ditado tão simples e singelo já devia ter sido aprendido pelos políticos, criaturas infelizmente tão dadas ao pecado e sempre a cair em tentação. Mas não há maneira dos gajos aprenderem, caraças.
Claro que o cavalheiro veio a público com desculpas. Coitadinho, aparentemente foi abusado por um padre católico em pequeno. So what? Decidiu por isso vingar-se nos miúdos que tinha mais à mão? Quando é que isto deixa de ser desculpa para os abusadores de crianças?
Outra desculpa foi, coitadinho de mim que sou alcoólico e até vou para a reabilitação. Cuidado, pessoal, agora beber torna-nos pedófilos… Eis uma que nunca tinha ouvido.
Quem nunca pecou que atire a primeira pedra, mas este senhor estava mesmo a pedir que chovessem calhaus…

PS: A propósito da primeira pedra, lembrei-me desta anedota que não quero deixar de partilhar com vocês:
Cena bíblica, Maria Madalena está prestes a ser apedrejada por uma multidão furiosa. Chega Jesus Cristo, que diz: Meus irmãos, quem nunca pecou, que atire a primeira pedra.
A multidão recua, mas uma pedra é lançada, atingindo em cheio Maria Madalena, que fica estatelada no chão.
Jesus Cristo dirige-se ao homem que atirou a pedra, por sinal português, a quem pergunta: Meu filho, tu nunca erraste?
Responde o português, orgulhoso: A esta distância, não.
Não consta que estivessem presentes no local quaisquer batatas fritas…
Este post começa a fazer-me fome...

Vamos ao Circo.....


O Circo! Admito que nunca percebi porque é que mal se aproxima a quadra natalícia começam a emergir tendas de circo por todo o lado e nem percebo muito bem desde quando é que se tornou tradição ir ao circo com as criancinhas pelo Natal mas... A verdade é que até eu começo a considerar levar a minha sobrinha de 3 anos ao Circo este ano!

Admito, também (isto mais começa a parecer um confessionário com tantas confissões mas está bem!) que o Circo é um espectáculo que me desagrada no seu todo!

Em primeiro lugar os animaizinhos todos com aquele tratamento de chicotada dá-me náuseas e o cheiro derivado da sua higiene muito bem cuidada dá-me vómitos! Mas se formos a ver bem... fora das tendas do circo somos confrontados com a mesma falta de higiene em animais (desta feita bípedes) em qualquer comboio em hora de ponta e as chicotadas não são físicas mas verbais... por isso este não pode ser um argumento...

Pronto, já sei! Todo o elenco me causa uma espécie de repugnância... desde o apresentador às meninas quase nuas que ajudam ninguém sabe muito bem no quê...meus senhores tenham dó!!!! Mas... bom, cá fora as coisas não são muito diferentes... afinal se virmos bem, fora da tenda as meninas também não andam muito vestidas e às vezes até me parece que andam mais pintadas do que as chamadas artistas... a diferença é que dentro da tenda os focos dos holofotes vão para as estrelas do espectáculo e cá fora... bom, cá fora andam todos a lutar pelas luzes da ribalta nem que isso implique passar um frio desalmado (eu continuo sem perceber as míni-mini-mini-saias em puro inverno). Ou seja, lá dentro todos sabem quem é quem e aqui... bom, aqui andam todos a lutar por saberem o seu lugar... e assim se destruiu mais um argumento!

Ah! Mas este é o melhor de todos! Acho que o verdadeiro motivo para eu não gostar do Circo é mesmo o motivo que leva todos a quererem ir lá! Os Palhaços!!!! Pois é, quer seja o Palhaço rico, quer seja o Palhaço pobre... qualquer palhaço tem o dom de me levar quase às lágrimas... e não é de rir! Não sei explicar mas desde criança que nunca achei piada aos palhaços (o que até uma determinada idade me levava a acreditar que era eu que não estava a perceber nada). Os palhaços deprimem-me!
Mas esperem... agora que penso nisso... este também não pode ser um argumento válido... afinal há mais palhaços fora do Circo do que lá dentro!

ProntoSS! Está decidido! Vou levar a minha sobrinha ao Circo! Ao menos durante uma hora e tal vou conseguir protegê-la do Mundo de Loucos em que vivemos!

ESQUELETOS NO ARMÁRIO


ATENÇÃO: Segue-se mais um post semi-intelectual.
No dia 3 de Novembro de 2006, Lisboa teve a visita do prémio Nobel da Literatura de 1999, Günter Grass.
Como sou uma rapariga dada à “coltura”, demonstrei enorme entusiasmo pelo facto e dirigi-me ao Goethe Institut, onde iria ter lugar uma leitura, sessão de perguntas e sessão de autógrafos.
Claro que muitos entusiastas da “coltura” estavam presentes e os portugueses estavam bem representados, o que me faz ter alguma esperança no futuro. Ou seja, não estavam apenas alemães presentes, ansiosos por ver o seu conterrâneo.
Temos lido uns artigos sobre este autor alemão nas aulas e as pessoas informadas devem saber que uma grande polémica rodeia o senhor neste momento. Estou a falar obviamente do facto deste escritor, apesar de ser um grande moralista da sociedade alemã, ter confessado na sua autobiografia que se deu como voluntário das SS (tropas de elite nazis) quando tinha 17 anos.
Confesso que nunca li nada do senhor (vou mudar isso em breve, lendo a autobiografia em alemão – ena, grande maluca), mas comecei a seguir a história da polémica por a segunda guerra mundial ser um dos assuntos que me interessa deveras.
Ora aqui temos um autor, com obra amplamente apreciada pelos mais diversos sectores, cuja opinião era ouvida com atenção pelos alemães, politicamente activo no bom sentido, bom pai de família, prémio Nobel pouco polémico quando comparado com tantos outros (ora ponham-se os olhos na Elfried Jellinek ou mesmo no Nobel deste ano, que não reuniram o consenso geral). Tudo isto deve cair só porque o senhor fez parte das SS, coisa que aliás só soubemos porque ele avançou e nos deu essa informação?
É facto bem conhecido que a Alemanha tem ainda uma relação difícil com o passado e que o Nacional-socialismo permanece um tabu para muita gente. Claro que lhes deve ter custado ver que o seu “grilo falante” também tem esqueletos no armário. O tipo que apontou o dedo a tantos outros, que condenou os jovens apoiantes nazis, afinal não tinha assim tanta moral para falar.
Mas vejamos, será mesmo assim tão condenável a conduta do homem? Quem de nós não fez burrices quando era novo e quem tem o seu armário completamente livre de esqueletos?
Sim, ele deu-se como voluntário, mas diz que nunca sequer disparou um tiro, nem participou em crimes de guerra. 1944 foi um ano excepcional, no sentido em que não era uma época normal, a Alemanha estava a perder a guerra e estava a ser atacada em duas frentes. Mas que autoridade temos nós de julgar o homem, estando confortavelmente vivendo no ano 2006, sem guerra e com o privilégio de sermos confrontados com dilemas bem menores?
Diz Grass que não falou antes por vergonha (totalmente compreensível) e por ter passado o momento certo de o fazer. Lá o saberá ele. O certo é que não é uma confissão fácil e se em 2006 causou tal celeuma, o que não teria provocado mais perto da época em questão?
Não tendo o prazer de conhecer este escritor pessoalmente, devo dizer que os relatos de quem o conhece o dão como um amigo da humanidade, preocupado com seus pares, devotado à sua família. Na noite da leitura, passou por mim e pelas minhas amigas a caminho do auditório e fez um pequeno aceno com a cabeça, dizendo Guten Abend. Não nos conhecia de lado nenhum, nem foi abordado por nós, mas teve essa atitude simpática (que além do mais me permite agora dizer “fui cumprimentada por um prémio Nobel”). Não teve comportamento de estrela nem de diva e tinha amplos motivos para sê-lo, mais do que muitas pseudo-estrelas que se armam em inatingíveis. Mesmo sem ter lido os livros, fiquei fã do senhor. E não quis deixar de marcar a deslocação a Lisboa de uma grande personalidade da literatura.

PS: Sugestões de leitura da bibliografia Grass: O Tambor (a obra seminal), O nosso Século, A Passo de Caranguejo, A Ratazana e outros que encontrarão facilmente em qualquer livraria. Vá lá, cultivem-se…

Charada - Desafio à descodificação


Ando de arco e flecha. Faço uma caçada.
A flecha contém o segredo da mulher não amada.
A caçada é iniciada ao som do terceiro apito a partir de agora.
Corro com as patas da Besta amável que chora.
Habita-me o animal activo pela vida humana demonstrada.
Salto, corro e páro...sinto o odor com a seta apontada.
Estico a corda e faço pontaria, Zelo pelo fim da charada.
Anuncio que a chave está na flecha lançada.
Acertou no alvo, posso por fim ver a caçada acabada?

Ps: Atenção: a solução não é uma resposta à pergunta. A solução tem k ser encontrada no texto através da chave. Bom...fico à espera de soluções...as palavras encontradas serão duas ;)
Free Hugs Campaign. Inspiring Story! (music by sick puppies)

"Quando estou só reconheço
Se por momentos me esqueço
Que existo entre outros que são
Como eu sós, salvo que estão
Alheados desde o começo.

E se sinto quanto estou
Verdadeiramente só,
Sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe.

Creio contudo que a vida
Devidamente entendida
É toda assim, toda assim.
Por isso passo por mim
Como por cousa esquecida."

Fernando Pessoa
The Cure - Friday Im in Love

Sim...È Sexta-feira e eu estou...in love...;)

MIAU MIAU


Este post vou dedicá-lo aos meus amigos amantes de gatos. Mas os outros amantes de gatos podem ofender-se de igual maneira, que eu não me importo.
Depois de todas as boas críticas à foto do Sam (Vd. Alimárias de estimação), achei que devia arranjar um gato feio e dizer tudo o que de mau me vem à cabeça sobre gatos. Na realidade, até nem acho o gato da foto feio, ele tem um certo “je ne sais pas quoi” que me agrada. A minha mãe diria que é por ser esquisito e ter cara de mau. Eu diria que ela é capaz de ter razão.
Gatos, essas criaturas manhosas e matreiras que só nos ligam quando precisam que lhes enchamos a gamela. Nem vocês, amantes de gatos podem contrariar esta teoria, visto que têm em casa capetas que vos comprovam todos os dias a validade da mesma.
Porque esta sanha toda aos gatos? Porque já fiquei com um pendurado no lábio. Sim, quando era uma teenager inconsciente e não sabia o quão más podiam ser estas criaturinhas, fiz uma festa ao gato da minha tia. O gajo, por represália, pendurou-se-me no lábio. Como acham que fica um lábio depois de um gato de bom porte se pendurar nele? Eu digo-vos: inchado e sangrento.
Tenho especial sanha aos gatos siameses. Para meu azar, toda a família da minha mãe se pela por esta raça, logo há catrefadas deles quando os vou visitar.
Vou dar um exemplo: Patica (gata siamesa dos meus tios). Para começar, que nome de chacha é este para dar a um animal? Este é de longe o bicho mais peçonhento que conheço (tirando um certo animal que eu disse que não ia sequer difamar neste blog…). O pessoal que acha que os animais têm memória curta, devia conhecer a boa da Patica. A gaja lembra-se das ocasiões em que supostamente lhe fizemos mal e vinga-se passado muito tempo. Tipo, eu não durmo com gatos, logo ponho-a fora do quarto antes de ir dormir. A primeira coisa que a gaja faz quando me vê no dia seguinte é dar-me uma arranhadela. Que bichinho adorável, pá.
Outro exemplo seria a Ritinha, gata siamesa da minha tia, mas o animal está presumivelmente morto e não se deve difamar os defuntos. Diga-se apenas que tinha o mau hábito de fazer das pessoas pista de aterragem quando se atirava de cima do armário. Dá um novo significado à expressão “It’s raining cats and dogs”. Só estou ainda no mundo dos vivos porque não sofro do coração.
Que as pessoas tenham cães, eu ainda entendo. Ficam contentes quando chegamos a casa, são afáveis e trabalham quando treinados para isso. É só ver o “Trabalho para Cachorro” no National Geographic. Ajudam pessoas com limitações físicas e até ligam para as emergências quando os donos estão em apuros (ouvi falar de um caso destes na CNN).
E que fazem os gatos por nós? Ignoram-nos, agridem-nos sem motivo aparente, não fazem absolutamente nada em casa e só se lembram da nossa existência quando precisam de nós. E apesar de sabermos que as bruxas têm sempre um, aparentemente é sempre para fins decorativos porque não consta que façam nada.
Sim, sou gatista assumida. Reclamações e mensagens de apoio nos comentários, bitte.

PS: A foto do gato ilustra o anúncio a um espectáculo de dança chamado Nightshade a ter lugar nos dias 10 e 11 de Novembro, no Teatro Camões. Pensei que, se lhes fizer publicidade, não me processam por usar a foto…

Natal, Única Razão do meu Descontentamento


Bem, única, única não será. Se eu pensar um bocado, consigo arranjar mais meia dúzia de razões para estar descontente. Esta, contudo, está no topo da lista neste momento.
Se são grandes amantes do Natal, é capaz de ser melhor deixarem de ler este post neste momento…
Para o pessoal que me conhece, este post não será uma novidade. Todos os anos vivem a crise natalícia que dá à Miss Precious, que vocifera mais do que o habitual nesta época do ano. Grandes discussões tenho via MSN com a minha amiga R., quando chega a altura do ano em que ponho o Grinch (criaturinha que vêem supra) como foto de apresentação e uso qualquer frase mais assassina em relação ao Natal. Este ano não será excepção. Considerem-se avisados…
Porque estarei eu a falar no Natal já a 3 de Novembro? Basicamente porque o bicho anda já aí à solta, ao que parece já há algumas semanas. Faz hoje uma semana, estive em Belém por motivos que agora não interessam. Hão-de lembrar-se que estava um calor de rachar. Estavam a instalar as luzes de Natal nas ruas. Em Outubro…
Todos os anos quando começam a colocar as decorações, sempre muito antes da época em si, eu digo sempre: Qualquer dia, começamos a celebrar o Natal em Agosto. E eis que tive a visão como seria. O pessoal todo em manga curta a curtir o calor, e as luzinhas a serem colocadas. Surreal, no mínimo.
Segundo pensamento após ver as luzes: Caraças, e se eles começam mesmo a celebrar esta treta em Agosto? Não é assim tão descabido, pensem lá, de Agosto a Outubro só vão dois meses. Meio ano de Natal… O pensamento é, no mínimo tétrico.
Li também no jornal uma pequena notícia sobre a colocação de luzes de Natal no concelho de Almada. Uma criatura dizia, deixando transparecer o seu orgulho: Fomos os primeiros a colocá-las. (Meu comentário: So What? Não havia outras prioridades, coisas que de facto fossem importantes para a população?) Acrescentava: É um investimento grande, não vale a pena só colocá-las por 3 semanas. Novo pensamento negro: Ai, ai, que eles começam mesmo a pensar em colocá-las em Agosto.
Será que precisamos mesmo de começar a celebrar o evento tão cedo? A bem dizer, o Natal é uma festa de aniversário, porque estamos a festejar o nascimento do JC. Que por acaso não nasceu em Dezembro, mas por motivos de conveniência da Igreja (tapar mais uma festa pagã, ver post sobre o Dia das Bruxas), convencionou-se que assim seria. Uma festa de aniversário de 3 meses e meio é um exagero, temos de convir. Haja paciência…
Depois de ler a notícia do jornal, o meu maior medo é outro. Imaginem que as câmaras começam a competir para ver quem é a primeira a colocar as luzes. Linda guerra não seria. E se isto se estende a outras frentes? Carnaval, Páscoa, etc… Sim, as sambistas e o coelhinho da Páscoa têm de ter os mesmos direitos. A igualdade a isso obriga.
Com isto do Natal a começar tão cedo, ainda haverá muito a dizer até Janeiro. Por isso, esperem mais fotos do Grinch, do Pai Natal em poses comprometedoras e de renas bêbedas. Acompanhadas obviamente de textos subversivos.

PS: Como as convenções são para cumprir, o Natal não foi declarado fora-da-lei lá em casa. Por isso, não se considerem desobrigados de me dar prendas. A lista está a ser feita e até já houve quem me perguntasse por ela (estão a ver no que dá a mania de antecipar as coisas?). Ela vai mesmo ser publicada aqui por motivos de acessibilidade e para não haver desculpas…
blondes

Bem...o "filme" já tem uma certa idade mas todos nós já conhecemos o que dizem das loiras...embora eu nunca tenha visto nada assim...será que foi real ou tudo não passou de uma actuação? ;)