Não sou egoísta!

Este foi um email que recebi de uma amiga que me quer bem.
Primeiro achei que ela se tinha passado porque não aprecio email com anjinhos, florzinhas, ditadozinhos de buda, e coisas do género, em que só somos "obrigados" a participar em correntes e assim passar spam aos nossos contactos emailisticos. depois sabendo que ela também não é destas coisas fiquei surpreendida pelo suposto teor do email até que...fui até ao fim...e sim...fiquei a sorrir!!!!


Cá está o email...que eu não sou egoísta...

Minha querida amiga

Pensei tornar o teu dia mais alegre e resolvi enviar- te esta borboleta azul...



Não importa o quanto teu dia está a ser difícil e angustiante,

Já agora manda-a a alguém para que também se sinta melhor!


Ahhhhhhh, que se dane a borboleta...



Reparou como mudou a sua expressão? A menina já sorri e tudo!

Agora sim, faça feliz alguma amiguinha...

Beijo na boca


Ontem (eu não vi, contaram-me!) o meu pimpolho deu o seu primeiro beijo na boca a uma menina (à Sofia).

Anda saidinho da casca.

Pedi explicações ao perpetrador...

No carro a caminho de casa:
-Então, N*, deste um beijinho na boca?
- Sim. -respondeu ele fazendo um sorriso malandro.
- À Sofia? a tua amiga?
- sim!
- Então como aconteceu isso?
- o meu amigo "qualquer coisa" (agora não me lembro do nome)... ele não é meu amigo, brinca comigo lá na escola...ele fez...ele disse...ele não brinca sempre comigo...brincou hoje!

- O quê?

O matreiro sorriu...e já não disse mais nada.

Portanto fiquei a saber...NADA. Não me importei. Quando cheguei a casa...e para quem não sabe...o percurso que faço de carro é de um a dois minutos...já ele ia a dormir.

Não sei porque acho que este matraqueiro vai ser daqueles que nunca contam nada ou quando contam dão uma volta muito grande...que no caminho uma pessoa perde-se!!!!

Já a sabe toda ;)

A recuperação


(continuação do post anterior)

Se no Sábado não emitia um pio sequer no dia seguinte já se ouviam uns grunhidos.

Mas naquela de "o melhor é não abusar senão gasto tudo outra vez" ...tive que me manter calada.

Coisa vai coisa vem... um grunhido aqui outro acolá, bater no peito e dar saltos (não espera...isso foi um gorila que vi na national geográfic)...e a manhã passou-se bem (não sem antes do gajix se virar para mim com um ar de quem pensa que eu não estou a fazer coisa boa e que aquilo ainda vai trazer água no bico perguntar-me: Ó mãe porque não falas?)



De tarde estávamos a ver TV e já não me lembro porquê o gajix vira-se para mim e diz:
- Ó mãe eu quero um bébé que fale! (isto já não é novidade para mim. Já tem feito este pedido mais vezes. Ele não quer só um...quer dois...um chamado "Sofia" (melhor amiga) e outro chamado "Bernardo" (melhor amigo). Eu já lhe respondi que se ele quer bebés terá que crescer, encontrar um rapariga e, com uma flor na mão, pedir-lhe isso a ela)

Eu sorri-lhe e ele voltou-se inquiridor:
- Ó mãeeeee, os bebés não se compram, pois não?

E foi aqui meus senhores. Foi precisamente neste momento que a minha voz voltou.

- Não Kruellito pequenino (não lhe ia explicar as leis da adoção-terá tempo de saber)! Os bebés são feitos pelo pai e pela mãe desses bebés. (E por agora, com quatro anos, bastou essa explicação e sei que a absorveu como uma esponja. Portanto a partir daqui é aguardar pelas perguntas com requisitos mais específicos nas respostas).

Afoniquice


(continuação do post anterior)


Voltando um bocadinho atrás...

ao Sábado...


Conseguem imaginar o que é estar sem falar desde a tarde anterior?!? Uma mulher?!?!? Sem falar num Sábado?!?!?

Ao Sábado, dia em que se faz a ronda pela família e se vai às compras...com o gajix a reboque?!?

jezzzzzz

Começou pelo telefonema que tive que pedir para fazer para saber noticias da minha comadre que também estava de pantanas com a ciática dela.
Ora bem, como não tinha timbre bichanava*...quando vi que bichanando* o "pergunta isto e pergunta aquilo" não estava a funcionar...peguei no telefone e bichanei* ao telefone...

Com o pai e mãe foi...complicado. Vejamos:
...a minha mãe quase não vê...não me estava a reconhecer porque eu não falava e também não via quando eu com gestos lhe dizia que não podia falar (bem podia fazer o pino que ela nem saberia se tinha a cabeça para cima ou para baixo);
...o meu pai é surdo...via os gestos e mesmo assim ainda perguntava..."o quê?" (como é possível alguém perguntar "o quê" quando vê gestos? Duhhhh). Curiosamente ouviu-me quando lhe bichanei* dentro do ouvido.

Nas compras...as pessoas olhavam para mim quando comunicava com o gajix...é estranho...a maneira como olham para nós porque temos uma incapacidade...freaks.

Adiante...o gajix estava no paraíso...fez uma birra por causa de um golfinho (balão) que queria trazer e eu sem poder repreende-lo (chorou, chorou e quanto mais chorou menos mijou e assim poupou-me nas descargas da sanita e poupou água..ehehehehe) Não trouxe. Tive que fazer orelhas de siri... e ter muita paciência....muuiiiiita paciência...

O pior de tudo foram os cães. Não me ouviam bichanar* (quando se puseram os dois a ladrar dentro de casa porque pela janela viram um outro cão na rua) nem sequer fazendo gestos de que lhes dava a tareia se não se calassem eles percebiam...nem olhavam para mim...tive que pôr os histéricos na rua.



* bichanar, neste caso, não é o fazer miauuuuuuu, ou dizer repetidamente bicho bicha bicho bicha (se calhar com os cães poderia ter efeito...huummm) mas sim empurrar palavras sopradas entre os dentes.


(Continua)






O dia em que gastei a voz


Sexta feira, dia 5 de Março.

Afónica no Sábado.


Começando pelo principio...

Segunda e Terça-feira... Constipação levezita. Comprimidos no estômago. Corpo recuperou sem nunca ter ido, de facto, a baixo (não podia ficar doente porque tinha prazos e coisas para acabar).

Quarta-feira fico ligeiramente rouca. VICks, do puto, no peito à noite (aqui cometi um erro crasso - besuntei-me com a dita mistela por uma grande parte do peito, digamos do pescoço até ao estômago e ainda pensei em pôr nas costas...felizmente não consegui que as mãos dessem a volta...- resultado - fui para a cama a respirar melhor mas fiquei de repente com muito frio...devido à parte refrescante da mistela. Não cheguei a bater o dente mas andei por lá perto).

Quinta de manhã senti-me muito melhor. Pimpona fui trabalhar. Depois do almoço...deu-me uma secura na garganta..tossi duas vezes para compor as humidades e fiquei imediatamente rouca...comecei a pouco e pouco a perder timbre, no meio das parvoíces que ia dizendo...e calei-me.

Difícil, devo dizer, até mesmo para mim. À noite já estava a ser muito difícil falar. VIC (só um bocadinho mesmo por baixo da garganta, a pontinha dum dedo..vá)

Sexta-feira fui trabalhar com o intuito de falar o menos possível.
Não pude, telefonemas e coisos...pffffff... com a voz fraquita parecia uma velhinha a falar. A voz trepidava.
Arrumaram-me os dois últimos telefonemas que recebi. No último fiz um esforço tão grande para falar que ouvi a minha voz a ir-se (Parecia um rádio, cujas pilhas fracas se gastaram de vez, só não ouvi a estática que antecede o final da pilha, mas pouco faltou!).

E foi assim que a voz se gastou.


Fui para casa não sem antes ser atormentada pelos meus colegas de comboio que tiraram sarro da minha cara e se divertiam porque eu não podia responder à letra. Nem à letra nem ao número uma vez que desisti de mimar também.

Passei um sábado calada.


Calada!!!!!

Sabem o quanto é difícil estar calada?????


(continua)

Temos pirata!!!!


Eu ontem à noite estava eufórica. Nem dormi bem! Nem mesmo a constipação que tenho em cima me desviou do meu objectivo.

Preparei tudo ontem e ainda me vi aflita com a porcaria da espada que não a via em lado nenhum. Ainda fiz uns telefonemas a perguntar se a tinha deixado aqui ou acolá...nada. Felizmente...isto do cérebro é uma coisa magnifica ou não...

lembrei-me

(quando deixei de me preocupar em encontrá-la) que no fim de semana a tinha "arrumado", e quando digo arrumado foi mesmo escondê-la do pimpolho para ele não lhe dar descaminho (opois vai-se a ver... e sou eu que não me lembro onde arrumo as coisas e a ia mesmo descaminhando...não foi o caso).

Com tanta euforia quem está bem são os meus colegas porque como não tenho pio (por causa da constipação) não têm que me ouvir...muito...mas eu mimo muito bem e mostro as fotos que consegui captar
;)

Pirataria


À pirata é como vou vestir o gajix este ano.

Ahhhhhhh...Ando muito entusiasmada com o carnaval. Ando tão entusiasmada que já pus o puto todo acelerado.

Na semana passada comprei a roupa, a peruca, a pala e o lenço.
Ena, ele vibrou...com o ensaio que lhe fiz...depois (próprio dos 4 anitos que leva no pêlo) aborreceu-se... primeiro com a peruca, que lhe picava e depois com lenço, que lhe fazia calor e eu que carregasse a espada.

Não obstante, para compensar, no dia seguinte, já queria ir vestido assim para a escola...disse-lhe que ainda não e...

...exultante pelo entusiasmo dele e não querendo que ele seja um pirata incompleto (embora provavelmente eu já esteja a fazer uma mistura entre dois tipos de piratas) ontem fui-lhe comprar o chapéu e o brinco.

Apresentei-lhe o chapéu triangular...não ligou muito (já com o brinco...upa upa)....ppffffff...insisti, né?

- Chapéu mãe? - atreveu-se o bicharoco a criticar.
- Ah pois. Pirata que se preze tem que ter chapéu.
- Mas é um chapéu velho.
- Não é nada. Comprei-o agorinha.
- Mas tem aqui um velho.
- Não, riqueza! Isso é o símbolo dos piratas. É uma caveira com os ossos traçados. O teu lenço e o cinto também têm.

Olhou para aquilo e torceu o nariz.

Não desisti, né?

- Olha aqui! A mãe mostra-te no computador os piratas com chapéu.

Googlei piratas e ia assinalado os que tinham chapéus e...ele, de repente, espeta-me com o indicador no ecrã (ficou lá a impressãozinha digital toda marcadinha, só não fez furo...por sorte) e grita:
- Gosto deste, mãe! Gosto deste!!!! (Vide foto)

- arghhhh...hhmmm...pois, vês!?! Também tem chapéu!

Note bem: O meu arghhhh e o meu hhmmmm são uma contradição porque...tanto pode dar para um lado como para o outro, perceberam?


Fé!