À medida que vejo com orgulho e satisfação a minha cria a crescer vejo também com alguma tristeza os meus progenitores envelhecerem.
Vão nos setenta.
Custa-lhes o levantarem de uma cadeira. Custa-lhes o andarem mais ligeiros. Os dedos das mãos estão todos retorcidos, os lábios engelhados, o cabelo está todo branco. Falam alto e não percebem à primeira, às vezes nem à segunda, o que se lhe diz.
Ter que se explicar tudo em voz alta e devagar para perceberem não só as palavras como o sentido.
Mete aflição. Por vezes penso nas dificuldades que eles passaram e que eu nunca senti...e das quais só ouvi falar..."noutros tempos"...eram novos e vigorosos...ainda tinha a vida toda pela frente.
Mete impressão aperceber-me da sua mortalidade. Eles estiveram sempre ali, ao esticar de um braço, e apesar de prestarem pouco apoio afectivo sempre fizeram o que podiam ou o que sabiam e de uma maneira muito própria, para o dar...
Esperamos que eles estejam sempre ali mas as dores, as mazelas e o desgaste, a pouco e pouco, arrastam-os...
...e eles começam a desvanecer no e pelo tempo.
Eles ainda estão ao esticar de um braço mas agora o braço será o deles...
:'(
Vão nos setenta.
Custa-lhes o levantarem de uma cadeira. Custa-lhes o andarem mais ligeiros. Os dedos das mãos estão todos retorcidos, os lábios engelhados, o cabelo está todo branco. Falam alto e não percebem à primeira, às vezes nem à segunda, o que se lhe diz.
Ter que se explicar tudo em voz alta e devagar para perceberem não só as palavras como o sentido.
Mete aflição. Por vezes penso nas dificuldades que eles passaram e que eu nunca senti...e das quais só ouvi falar..."noutros tempos"...eram novos e vigorosos...ainda tinha a vida toda pela frente.
Mete impressão aperceber-me da sua mortalidade. Eles estiveram sempre ali, ao esticar de um braço, e apesar de prestarem pouco apoio afectivo sempre fizeram o que podiam ou o que sabiam e de uma maneira muito própria, para o dar...
Esperamos que eles estejam sempre ali mas as dores, as mazelas e o desgaste, a pouco e pouco, arrastam-os...
...e eles começam a desvanecer no e pelo tempo.
Eles ainda estão ao esticar de um braço mas agora o braço será o deles...
:'(
O tempo não pára! Parece que foi ontem que eles nos mudaram as fraldas e nos embalaram com um beijo na testa ao adormecer.
ResponderEliminarÉ urgente que tomemos consciência de que realmente o relógio não pára. Todos os momentos contam!
Quanto aos teus pais, verás que ainda terás muitas oportunidades para lhes dizer o quanto gostas deles. ;)
Bjinhs :)