O destruidor do gajix tem um sistema muito particular para brincar com os seus brinquedos. O baboso.
Analisa o feitio, apalpa o material e:
- se for de pelúcia esfrega no chão (que na maior parte das vezes está pejado de pelos do canix e pequenos grão de terra que o canix arrasta para dentro de casa) depois abraça-se, às vezes beija (mas para quem beija o cão...que mal tem isso, né?), atira ao ar várias vezes, umas para cá outra para lá e finalmente deixa-o num estado que dá a sensação que por cima dele passou uma manada de vacas coxas...vá e uma ovelha ronhosa também manca e com distúrbios mentais levando-a a balir constantemente...mas não por sua incúria...coitada! ;
- se for de plástico, PVC ou material parecido, e aqui tenho que fazer um aparte e dar como exemplo um camião com comando à distância (que me custou os olhos da cara...e o outro...o da testa...sim, sou...era...uma triclope...julgavam que era o do cu?...não...esse não é dado por qualquer brinquedo com comando). A primeira coisa a sair são os pneus, por vezes as rodas também, depois são aquelas pequenas peças como as protecções contra choques em paredes (afinal é telecomandado) depois são os injectores hidráulicos, a chaminé, os plásticos que imitam o vidro das janelas, a carroçaria depois vai ao ar e pouco mais sobra para chamar àquilo um camião que custou os olhos da cara e o outro...
e resta mais o quê? Claro, o comando...a antena é partida ao meio, os botões do joystick são arrancados, o aparelho vai ao ar no que resulta em pilhas espalhadas e peças que já não encaixam em lado nenhum...
A ultima deste fuinha destruidor foi o R.I.P à minha maquina fotográfica. Apanhou-a, sorrateiramente, por descuido de terceiros (logo após a nossa ida ao zoo) e só me apercebi disso quando dos recônditos do seu quarto da destruição (já não lhe posso chamar quarto de brinquedos porque aquilo que por lá anda são só peças soltas) ele aparece com a máquina na mão e me pede que a arranje [ele por vezes chega-se a mim com os seus brinquedos destruídos e pede para eu arranjar...quando as peças são de encaixe a coisa vai e eu "arranjo" (sim porque eu fiquei sem olhos para dar quando comprei os brinquedos após camião que me levou os olhos da cara... e o outro, e por isso comprei outros mais simples e de maior "encaixe" ) mas na maior parte das vezes...]
Os meus pelos dos braços até se ergueram quando vi, ainda na sua pequena mão, que a objectiva tentava aflitivamente recolher-se e não conseguia. Nunca vi um objecto inanimado guinchar tanto de aflição!!!!
Consegui auxilia-la...é certo...mas ela...com o trauma com que ficou recusa-se a sair...ou... quando sai volta logo para dentro a entrar e desliga-se...pobre máquina :'(
Tirei o cartão para passar a fotografias do animal, no zoo, para o pc e fico estarrecida quando me apercebo que os últimos momentos da máquina ficaram registados em pequenos filmes de 3 segundos cada um.
Em cada um deles, de imagem escura, ouvia-se as pancadas que lhe foram infligidas.
Tumtumtum. Tumtumtum. Que tortura!
Agora provavelmente vou deixa-la descansar ( a salvo de possíveis investidas) perto de um portátil cujas teclas foram todas desmanteladas e ao qual ainda lhe falta o S que deve andar a monte pois nunca foi encontrado!
Analisa o feitio, apalpa o material e:
- se for de pelúcia esfrega no chão (que na maior parte das vezes está pejado de pelos do canix e pequenos grão de terra que o canix arrasta para dentro de casa) depois abraça-se, às vezes beija (mas para quem beija o cão...que mal tem isso, né?), atira ao ar várias vezes, umas para cá outra para lá e finalmente deixa-o num estado que dá a sensação que por cima dele passou uma manada de vacas coxas...vá e uma ovelha ronhosa também manca e com distúrbios mentais levando-a a balir constantemente...mas não por sua incúria...coitada! ;
- se for de plástico, PVC ou material parecido, e aqui tenho que fazer um aparte e dar como exemplo um camião com comando à distância (que me custou os olhos da cara...e o outro...o da testa...sim, sou...era...uma triclope...julgavam que era o do cu?...não...esse não é dado por qualquer brinquedo com comando). A primeira coisa a sair são os pneus, por vezes as rodas também, depois são aquelas pequenas peças como as protecções contra choques em paredes (afinal é telecomandado) depois são os injectores hidráulicos, a chaminé, os plásticos que imitam o vidro das janelas, a carroçaria depois vai ao ar e pouco mais sobra para chamar àquilo um camião que custou os olhos da cara e o outro...
e resta mais o quê? Claro, o comando...a antena é partida ao meio, os botões do joystick são arrancados, o aparelho vai ao ar no que resulta em pilhas espalhadas e peças que já não encaixam em lado nenhum...
A ultima deste fuinha destruidor foi o R.I.P à minha maquina fotográfica. Apanhou-a, sorrateiramente, por descuido de terceiros (logo após a nossa ida ao zoo) e só me apercebi disso quando dos recônditos do seu quarto da destruição (já não lhe posso chamar quarto de brinquedos porque aquilo que por lá anda são só peças soltas) ele aparece com a máquina na mão e me pede que a arranje [ele por vezes chega-se a mim com os seus brinquedos destruídos e pede para eu arranjar...quando as peças são de encaixe a coisa vai e eu "arranjo" (sim porque eu fiquei sem olhos para dar quando comprei os brinquedos após camião que me levou os olhos da cara... e o outro, e por isso comprei outros mais simples e de maior "encaixe" ) mas na maior parte das vezes...]
Os meus pelos dos braços até se ergueram quando vi, ainda na sua pequena mão, que a objectiva tentava aflitivamente recolher-se e não conseguia. Nunca vi um objecto inanimado guinchar tanto de aflição!!!!
Consegui auxilia-la...é certo...mas ela...com o trauma com que ficou recusa-se a sair...ou... quando sai volta logo para dentro a entrar e desliga-se...pobre máquina :'(
Tirei o cartão para passar a fotografias do animal, no zoo, para o pc e fico estarrecida quando me apercebo que os últimos momentos da máquina ficaram registados em pequenos filmes de 3 segundos cada um.
Em cada um deles, de imagem escura, ouvia-se as pancadas que lhe foram infligidas.
Tumtumtum. Tumtumtum. Que tortura!
Agora provavelmente vou deixa-la descansar ( a salvo de possíveis investidas) perto de um portátil cujas teclas foram todas desmanteladas e ao qual ainda lhe falta o S que deve andar a monte pois nunca foi encontrado!
As coisas capazes de maravilhar um miúdo não mudaram muito ao longo dos tempos. Nós os adultos é que complicamos tudo e perdemos de vez a capacidade de encontrar beleza nas coisas simples. Foi um poder extraordinário que a idade nos retirou... e que já não regressa!
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