Sentidos



Rasgo a escuridão com as mãos sôfregas pelo toque.
Arranco a luz à dentada, de boca crispada pela ânsia de um suspiro de outra boca.
Respiro inalando odores que ficaram presos na memória.
Ouço o bater da pulsação nas veias que me regam os sentidos.
Abro os olhos para interagir com o pulsar.

E tudo para quê?

SE só existes nas letras que nunca foram escritas...

2 comentários:

  1. Rasga a canção
    Escreve outra letra
    Deixa a pulsação
    Guiar-te caneta!

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  2. Jão não uso caneta para escrever
    e não posso pôr de lado a pulsação
    ou acabaria por desfalecer
    só para soltar outra ilusão

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