O drama, o Horror...


Hoje, depois de regressar do trabalho, peguei no gajix e decidi ir dar uma volta maior de carro para ele adormecer.
Dá sempre resultado. Quando estou quase a chegar a casa e se ele ainda estiver naquela de um olho aberto e o outro fechado passo sempre o portão e dou mais uma volta para ter a certeza que ele entra em casa a ressonar.

No entanto, hoje, no meio do caminho tive uma experiência quase comparável aos episódios da quinta dimensão.

Em velocidade reduzida percorro um caminho que não se vê vivalma àquela hora e a meio do caminho salta um gato para a estrada. Vi a manobra do animal e reduzi, ainda mais, a velocidade até...parar.

O animal viu o carro aproximar-se e não se mexeu um milímetro. "O focinho" do carro deve-se ter encostado ao focinho do gato numa medição de forças titãs.
Eu fiz vrum vrum com o motor do carro e nada...não vi o animal a fugir para lado nenhum e tive um certo receio de avançar.

Comecei a imaginar que o gato tinha encostado o nariz ao carro, o calor tinha-lhe derretido os bigodes e o animal estaria, então, numa agonia com os bigodes colados no carro. Comecei a pensar que o melhor era ir descolar o gato do carro.
Quando ia para abrir a porta vi um gato voador pousar com as patas bem em cima do vidro da frente.
Raios, não me bastavam ter que me preocupar em limpar as réstias de bigodes do pára-choques ainda vi patas de pó a serem marcadas no meu vidro da frente.

Fiquei à espera que sua excelência patanhasse tudo e saísse por trás! Acham?
Instalou-se no tejadilho.
Que fez a Kruella?

Avançou com o carro devagarinho e travou de repente...acham que ele se desequilibrou, assustou-se e foi-se embora? Nada! Nadica de nada. Repeti três vezes a manobra. Nada!

Parei e saí do carro. Claro que hesitei em pôr a cabeça de fora porque comecei a imaginar que assim que o fizesse ele se iria agarrar ao cabelo e espatanhar-me toda até ficar com o cabelo todo emaranhado mas...arrisquei!

Saí e o magano do gato estava a deitado na maior das descontracções...comecei a bater no tejadilho e ele finalmente reagiu. Levantou-se e foi-se roçar na antena para meu desespero! Chamei-lhe todos os nomes que se pode chamar a um gato nesta situação: Espantalho xô xô!

Nada.

Tive que me pôr em bicos dos pés no estribo da porta e toda esticadinha agarrei no gato pelas patas dianteiras e pousei-o no chão já longe do carro e com os cães de toda a vizinhança a ladrarem-me!

Raios partam o mansarrão do gato! Quase que jurava que ele ainda pensou em vir atrás de mim, quase...vi no olhar dele que a noite podia não ter ficado por ali e antes que ele fizesse o que estava a pensar...dei de frosques!

4 comentários:

  1. LOLADA._Só tu para contar estórias destas, sabes é que em tempos vi um filme que se chamava o "Gato que veio do espaço" e até cerveja bebia...tou falar sério..mas o teu gato é mais engraçado...ahahah parti-me todo a rir JURO...

    :) a ti acontece cada uma!!! vai lá vai...

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  2. Dasse...e com o gajix no carro...eu chamava os bombeiros...ou a policia...

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  3. esse bichano não podia ser normal...

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  4. Hehehe, um gato suicida.
    Ainda assim gostei mais do outro texto do cão, não sei se por estar escrito com letra cor-de-rosa...

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