Não sou, por norma, uma pessoa muito conversadora (não confundir com conservadora. Se fosse eu a ler isto era logo - tau- o que eu lia em vez de conversadora).
Falo normalmente como uma mulher comum (LOL Isto dito assim é esquisito e tudo o que é homem já está a pensar que sendo como uma mulher comum então falo muito. nem comento esse tipo de pensamento).
Mas ontem estava num estado tal que ninguém me calava. Começou logo de manhã com um senhor na estação. Quando o vi parado no alto da ponte pedestre a olhar para a paisagem (o campo estava a transbordar de água, efeitos visíveis da cheia) perguntei-lhe se estava a ver o carro. Ele respondeu que sim que o carro tinha vindo até ali e que estava a fazer inversão de marcha (ele não falou nestes termos, eu é que acho por bem escarrapachá-los aqui só para verem que hoje há qualidade). Pois, é melhor prevenir que ficar no meio da água. Arrematei eu do alto da minha sabedoria psicológica.
Satisfeita, desci e o senhor desceu 2 segundos depois atrás de mim. Como eu vi que ele ficou próximo, à espera do comboio, ainda lhe atirei com um " agora o comboio tem vindo a horas" "Pois tem!" Arrematou ele.
Ouvi vacas ao longe a mugirem e declarei para quem quisesse ouvir. Ena as vacas hoje estão com fome! Como vi que as pessoas me estavam a ignorar, inclusive o senhor que se afastou um passito, e que eu estava a fazer um monólogo consegui controlar-me. Ainda olhei para um moça ao meu lado direito, em busca de apoio à minha declaração, (porque ela também as ouviu tenho a certeza) mas ela olhou para o infinito fingindo que não me ouvia e não tive outro remédio que serrar os queixos e a custo (incalculável) calar-me.
No trabalho liguei-me à corrente. Os meus colegas já não me podiam ouvir. Não sei porquê. Talvez porque o valor das minhas palavras fosse mais quantitativo do que qualitativo e isso é chato para alguns.
Finalmente o dia de trabalho chegou ao fim e despedi-me com grande algazarra e apercebi-me que todos ficaram muito contentes e pensei "boa!"
Infelizmente, 5 minutos depois apercebi-me que estavam todos contentes exactamente porque me ia embora e pensei " bolas, que gente ingrata. alegrei-lhes o dia e mesmo assim...nunca estão contentes...a não ser quando saio. Pffff"
Depois quando estava na estação, à espera do comboio que me levaria para casa, e em pulgas porque queria falar [e os minhas duas vitimas preferidas (daquela hora) estão em Braga, a ver canudos] agarrei no telefone e telefonei para a vitima que me restava: "Julgavas que te safavas de mim?" perguntei, ouvi risos do lado de dentro do telemóvel, "...mas não! sabes o que acabei de ver? Um carro a ir de marcha atrás no sentido contrário"..."a sério? ouvi a voz no telefone..."iiiiii há gente muita maluca e só eu é que não estou aí nessas ocasiões"
Eu ri-me, satisfeita comigo própria, mas quando desliguei o telefone fiquei a pensar se de facto tinha visto um carro de marcha atrás (atenção que quando o vi exclamei interrogativamentte em alto e em bom som para quem quisesse ouvir "aquele vai de marcha atrás!?" as pessoas olharam para mim assustadas e depois para a estrada e depois para mim como quem olha para um lunático).
Comecei a questionar-me se não seria um daqueles carros com traseira (os carros de agora são todos curtos de traseira uma pessoa que vê mal ao longe pode baralhar-se) comprida e que deu a ilusão que ia de frente para mim e de trás para o resto do trânsito.
Falo normalmente como uma mulher comum (LOL Isto dito assim é esquisito e tudo o que é homem já está a pensar que sendo como uma mulher comum então falo muito. nem comento esse tipo de pensamento).
Mas ontem estava num estado tal que ninguém me calava. Começou logo de manhã com um senhor na estação. Quando o vi parado no alto da ponte pedestre a olhar para a paisagem (o campo estava a transbordar de água, efeitos visíveis da cheia) perguntei-lhe se estava a ver o carro. Ele respondeu que sim que o carro tinha vindo até ali e que estava a fazer inversão de marcha (ele não falou nestes termos, eu é que acho por bem escarrapachá-los aqui só para verem que hoje há qualidade). Pois, é melhor prevenir que ficar no meio da água. Arrematei eu do alto da minha sabedoria psicológica.
Satisfeita, desci e o senhor desceu 2 segundos depois atrás de mim. Como eu vi que ele ficou próximo, à espera do comboio, ainda lhe atirei com um " agora o comboio tem vindo a horas" "Pois tem!" Arrematou ele.
Ouvi vacas ao longe a mugirem e declarei para quem quisesse ouvir. Ena as vacas hoje estão com fome! Como vi que as pessoas me estavam a ignorar, inclusive o senhor que se afastou um passito, e que eu estava a fazer um monólogo consegui controlar-me. Ainda olhei para um moça ao meu lado direito, em busca de apoio à minha declaração, (porque ela também as ouviu tenho a certeza) mas ela olhou para o infinito fingindo que não me ouvia e não tive outro remédio que serrar os queixos e a custo (incalculável) calar-me.
No trabalho liguei-me à corrente. Os meus colegas já não me podiam ouvir. Não sei porquê. Talvez porque o valor das minhas palavras fosse mais quantitativo do que qualitativo e isso é chato para alguns.
Finalmente o dia de trabalho chegou ao fim e despedi-me com grande algazarra e apercebi-me que todos ficaram muito contentes e pensei "boa!"
Infelizmente, 5 minutos depois apercebi-me que estavam todos contentes exactamente porque me ia embora e pensei " bolas, que gente ingrata. alegrei-lhes o dia e mesmo assim...nunca estão contentes...a não ser quando saio. Pffff"
Depois quando estava na estação, à espera do comboio que me levaria para casa, e em pulgas porque queria falar [e os minhas duas vitimas preferidas (daquela hora) estão em Braga, a ver canudos] agarrei no telefone e telefonei para a vitima que me restava: "Julgavas que te safavas de mim?" perguntei, ouvi risos do lado de dentro do telemóvel, "...mas não! sabes o que acabei de ver? Um carro a ir de marcha atrás no sentido contrário"..."a sério? ouvi a voz no telefone..."iiiiii há gente muita maluca e só eu é que não estou aí nessas ocasiões"
Eu ri-me, satisfeita comigo própria, mas quando desliguei o telefone fiquei a pensar se de facto tinha visto um carro de marcha atrás (atenção que quando o vi exclamei interrogativamentte em alto e em bom som para quem quisesse ouvir "aquele vai de marcha atrás!?" as pessoas olharam para mim assustadas e depois para a estrada e depois para mim como quem olha para um lunático).
Comecei a questionar-me se não seria um daqueles carros com traseira (os carros de agora são todos curtos de traseira uma pessoa que vê mal ao longe pode baralhar-se) comprida e que deu a ilusão que ia de frente para mim e de trás para o resto do trânsito.
Perceberam alguma coisa?
Pois não faz mal. O que não tem remédio remediado está...
Não sou eu que estou xoné vocês é que não dão sentido às minhas palavras!
Mas tomem lá uma beijoca só por terem lido isto até ao fim ;)
Excelente sentido de humor, sempre! E uma criatividade sem barreiras. :-)
ResponderEliminarObrigada Velvetsatine...sabem bem de vez em quando receber um feed back nestes termos.
ResponderEliminar:-*
Se calhar não é criatividade ... é mesmo outra coisa qualquer do foro psicológico que a medicina ainda não conseguiu explicar.
ResponderEliminarPorque o que aqui é descrito pode ser considerado algo preocupante para quem trabalha contigo diariamente e também te acompanha em algumas viagens até ao comboio....