Anda à roda


Era uma vez uma menina que apanhava flores no canteiro da vizinha. A vizinha era uma pessoa que aproveitava a sua jardinagem para dar uma olhadela nas pessoas que passavam. Uma pessoa que ela via todos os dias era o carteiro. O carteiro era um homem alto e tapava a sua calvice com o boné que usava. Ele percorria todos os dias aquela rua mas nunca entrava na casa do fundo por causa do cão, que já lhe chegara a morder os calcanhares. O cão tinha sido trazido para ali com 3 meses e desde cachorrinho que aquele era o seu território. Nem o gato do vizinho das traseiras conseguia ali entrar.
O gato tinha um ar muito petulante e ficava em cima de uma cerca a lamber as suas patas dianteiras enquanto a sua dona estendia a roupa no quintal. A sua dona era uma pessoa melancólica que gostava de cantarolar músicas tristes atraindo a atenção do seu vizinho mecânico. O mecânico tinha uma mota que acelerava ainda parado. Este barulho incomodava os periquitos que habitavam numa gaiola dourada no outro lado da rua. Todos os dias o periquitos faziam uma chilreada para brindar o dia e todos os dias eram visitados por uma menina que inspirada pela alegria do canto apanhava flores para oferecer à sua mãe.

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