A história que sempre quis contar apenas com o intuito de provar uma teoria!


Tenho uma história para contar mas como acho que a maior parte do pessoal vai ficar decepcionado com o tamanho...nem sei se me deva atrever.

Não é que a história seja muito grande. Eu é que não sei muito bem como começá-la de modo a que toda a gente a entenda na sua forma mais simples.

Podia começar por atirar para aqui com uma frase em que entre o sujeito e objecto pusesse um daqueles verbos apelativos ao drama, ao suspense e prendesse o leitor à postagem.
No entanto enquanto a frase sai e não sai já a pessoa do outro lado do ecrã, e quero desde já esclarecer que essa pessoa mais não é que tu próprio/a, começa a coçar a cabeça e a pensar em todo o óleo que as pontas das unhas deixaram no cabelo.

Mas espeeeeeeraaaa, ainda não vás lavar a cabeça, tem santa paciência porque eu ainda nem sequer arranquei com a história e não vais querer ir tomar um duche, relaxar os músculos das costas e ficar cheirosinho/a enquanto pelo menos não souberes qual é o verbo que tenho para soltar na minha primeira frase da história. Cá vai em itálico:

O cão velhote foi-se...

...cá está o tal verbo, que só por si é apelativo e mais é metaforicamente dramático e deixou-te num estado supremo de suspense para saber como acabou. Bom, a frase não está acabada falta o objecto, por isso, se estás neste momento a pensar que o cão, que apesar de ser velhote, quinou estás mesmo muito bem enganado/a.

O cão velhote foi-se à barriga das pernas do carteiro.

Ahhhhhhhh desta é que não estavas à espera, pois não? Espera camandro o cabelo ainda não está assim tão seboso...daqui a pouco ficará mais...
Bom, para tornar esta longa história curta não me vou deixar, aqui no momento, perder-me em detalhes da infância maravilhosa que o cão teve e da excelente educação a que foi sujeito ao longo da sua prodigiosa vida. Também não me vou aqui alongar dizendo que este cão sempre foi bastante amigável e inofensivo e que até se dava muito bem com a pessoa que era o carteiro antes deste o ser. E também não vou aqui relatar que desde que o cão ouviu pela primeira vez a campainha da casa e alguém a responder a um: Quem é? Sou o carteiro! os seus olhos quase cairam fora das órbitas e com a orelhas espetadas e beiças arreganhadas ganhou-lhe, assim como quem não quer a coisa, um ódio de estimação.
Percebeste? Não te vou maçar com estas baboseiras todas porque evidentemente já não conseguiste chegar a esta parte do texto o que implica que já comprovei a minha teoria. Que é: "Quando um post, seja de baixa, média ou alta qualidade, é demasiado grande o pessoal prefere olhar apenas para a foto e passa para um blogue mais acessível à quantidade de palavra que os olhos podem dar registo ao cérebro que dali nada é chatoooooo."

Entretanto apesar da teoria estar comprovada ainda não contei a história.

O cão de facto é velhote, já sem dentes, e ainda levou o seu quê de tempo a chegar à barriga das pernas do carteiro. O carteiro ao ver o cão quase a perder os olhos numa corrida destrambelhada (mas que era a única possível para a idade do animal) sorriu sem fazer grande caso...até que...

...vocês podem constatar como eu consigo sempre enfatizar uma estado de suspense utilizando as reticências e parando no limite do desembrulhe da história...

...até que...lhe abocanha a barriga da perna...

Ahhh e tal...hospital, raiva, tétano e gangrena...pensas tu a querer abreviar a história. Não amigo/a...nada disso!
Eu conto porque tu não sabes nada e já estás para aí a tentar adivinhar...se por acaso chegaste até aqui!

O cão abocanhou-lhe a barriga da perna. O carteiro ficou surpreso e sacudiu aflito, a pernita, ao primeiro impacto mas depois começou a rir desalmadamente...

...e porquê? Porque se riu o carteiro, tanto, com o cão agarrado à barriga da perna?

É precisamente a tua resposta ali em baixo que me vai comprovar sem qualquer sombra de dúvida a minha teoria!

Busca tibi!

Ubu good Dog!





2 comentários:

  1. Porque o cão não tem dentes?????
    :))

    E eu leio sempre tu comadre... mesmo que seja grande...
    Não garanto é chegar ao fim e ainda me lembrar do início!!!

    Já tu não se pode dizer o mesmo!!! :P

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  2. Tens razão...eu lembro-me sempre de tudo desdo o ínicio =))

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