Entra-se dentro do comboio com o intuito de se fazer uma viagem confortável até ao nosso destino. Portanto procura-se o banco mais confortável à vista e pousa-se o real Ass na almofada.
Por vezes podemos escolher o conforto mas noutras temos que nos sentar onde há lugar disponivel, sendo que, neste caso o real poderá ficar um bocado apertadito.
Portanto o nosso olho faz um busca rápida com o intuito do nosso corpo não deixar niguém passar à nossa frente. Mesmo para o único lugar disponivel há uma corrida com encontrões e pisadelas e olhares malévolos. O objectivo é agarrar aquele lugar que está ainda livre.
Depois de algumas tropelias em que ficamos com um rasgão na camisola e um sapato na entrada do comboio sentamo-nos com pompa e circunstância e quase que batemos no peito e soltamos o grito à tarzan para indicar aos outros que connosco não fazem farinha!
Infelizmente apercebemo-nos, um pouco tarde demais, que nos sentámos entre uma mulher obesa e um homem bem constituído que tem o hábito de ir com pernolhas distantes para que os seus dois ou três "meninos" estejam arejados e tenham espaço ! Ou seja vamos todo o caminho espalmados entre a coxa da senhora e a perna aberta do senhor e a única coisa que podemos fazer é respirar porque nem os bracinhos quase conseguimos mexer.
O chato é quando o calor dos corpos espalmados começa a concentrar-se na pessoa que vai no meio e esta começa a transpirar em bica, e tem que ir chupando, com a pontinha da lingua, os pingos de suor que se formam na cara. Sim, porque a pessoa do meio, aquela que perdeu o sapato à entrada do comboio, não teve tempo para tirar o casaco e não se pode mexer agora porque tem os bracinhos presos e se faz o menor gesto para se levantar é capaz de alguém, que vá de pé, se achegar e puxá-la pelos colorainhos por ter feito a negaça de que se ia embora.
Por essa razão a pessoa, que vai no meio, fecha os olhos (que é só o que pode mexer...isso e respirar) e estica a língua para aparar o pingos. Nem o rasgão que tem na camisola a alivia de tanto calor!
A aumentar o calor está o seu embaraço por se sentir observada naquela figura.
Solta um grunhido, à chita, mas permanece resignadamente no seu lugar!
Por ser uma das lutadoras (de sumo portanto... porque nessa história eu sou a Senhora gorda... gorda não, vá... forte!!!)que sempre que entra no comboio vive essa história não pude de deixar de achar este post hilariante!!!!
ResponderEliminarIsto é tarzan, é tigres à solta ... essa zona está a tornar-se uma selva
ResponderEliminarÉ a loucura!
ResponderEliminarCá pra mim o sinhor tinha uma micose nas virilhas... é q nem o outro... do fato de treino roxo estaria assim tão... de perna aberta!
Quanto ao sapato perdido... qq coincidencia com a historia da gata borralheira é pura realidade,né?!
Sandrine: Eu tenho para mim que ainda chegaremos a estes extremos...da maneira como as pessoas se tratam...enfim!
ResponderEliminarIndiana Jones: Contamos com homens como tu, de chibata, para pôr alguma ordem nisto.
Filipe: Claro que é...só falta o principe encantado :P
Chupando com a pontita da lingua?
ResponderEliminarAinda dizem que o tamanho não conta :))
é por isso que não tenho grandes saudades de andar de transportes públicos. pelo menos em hora de ponta.
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