Na Segunda-feira, aos treze dias do ano de dois mil e seis juntaram-se em casa da Kruella, a própria, o rebento, o cão e a Semidays.
Quando se juntam a conversa declina para dois lados: ou falar mal de alguém ou dizer parvoíces
a falar mal de alguém o que termina sempre em risada descomunal por vezes, mas só por vezes, acompanhada de pedaços de comida a saírem pelo nariz (às vezes também sumo).
Neste dia não foi excepção!!
Excluindo as partes onde o nome da terceira pessoa visada não dá para contornar e as partes em que o círculo vermelho no canto superior direito se impõe, estes foram os excertos dessa animada conversa:
1) Cabrão, qual cabrão?
Diz uma: Então, tens visto o cabrão? Tens falado com ele?
Diz a outra: Cabrão? Qual cabrão?
Diz uma: O cabrão!
Diz a outra: Ahhh esse cabrão!!!!!
….
(risada a sair sumo pelo nariz)
2) Lagarta ou Sardanisca?
Diz uma: às vezes tenho uma osga ali na parede a comer as melgas!
Diz a outra: Ah! Elas gostam disso é?
Diz uma: Pois claro! Elas comem insectos!
Diz a outra: Ahh… está aí? Eu nunca vi nenhuma…
Diz uma: O QUÊ??? Nunca viste nenhuma?... (silêncio constrangedor) São como as sardaniscas…
Diz a outra: O que é uma sardanisca? Nunca vi nenhuma também!
Diz uma: … … … (olhar de esguelha acompanhado de um silêncio ainda mais constrangedor)
Diz a outra: Não, nunca vi nenhuma! Lá de onde eu venho devem chamar-lhe outra coisa.
Diz uma: Opa, uma sardanisca é uma sardanisca!
Diz a outra: Lá há umas lagartas que andam assim (tentativa de imitar o animal)
Diz uma: Mas são pequeninas?
Diz a outra: São! São lagartas pequeninas!
Diz uma: Humm! Então não! Isso são Sardaniscas!
Diz a outra: São Lagartas!
Diz uma: São Sardaniscas!
Diz a outra: Não! São Lagartas!
Diz uma: Não, não! São Sardaniscas! Se são pequeninas são Sardaniscas!!!!
Diz a outra: hummmmm
…
(risadas originadas pela proficuidade do diálogo!)
3) Há estrelas no céu
Diz uma: Ehhhia… aqui vêem-se tão bem as estrelas!!!!
Diz a outra: Sabes o que isso significa?
Diz uma: Que o céu ‘tá estrelado?
Diz a outra: Não! (já a desanimar)
Diz uma: (toda animada) que amanhã o tempo vai ‘tar bom?
Diz a outra: Sim se estivéssemos no verão…mas nesta altura do ano significa que a noite vai ser fria…um nevoeirozito talvez!
Diz uma: Ahhh!
(silêncio a olhar para as estrelas)
Diz a outra: Pois…(só para fazer conversa)
Diz uma: Ahhh! Aqui vê-se também a Centopeia… ou o escorpião… não sei, parece uma cobra…
Diz a outra: Eu nunca consegui ver isso das estrelas! Onde está a Ursa?
Diz uma: Ohhh… eu aqui também não consigo ver bem! Acho que são aquelas quatro (a apontar)…
Diz a outra: Não apontes! Aqui diz-se que quando se aponta para as estrelas nasce uma verruga na ponta do dedo!
Diz uma: Opa estou farta de apontar e ainda não me nasceu nenhuma!
Diz a outra: Devem ser aquelas quatro estrelas com o rabo (indicando à medida que apontava perdendo o medo de lhe nascerem verrugas nos dedos. MAS apontando com o dedo em forma de gancho não fosse o ‘diabo’ tecê-las)
Diz uma: Eu acho que o rabo fica para o outro lado!
Diz a outra: Hummm! Eu acho que SÃO aquelas quatro estrelas com o rabo! Onde fica a menor? (só para mudar de constelação)
Diz uma: Hummm! Opa, aqui há tantas estrelas que não dá para perceber! Na minha zona não há tantas!
Diz a outra: Pois é…as estrelas...estão sempre a mudar…e cada vez há mais!
….
(Risota total, agarradas à barriga, a partilhar um pacote de lenços e com a decisão tomada que estas preciosidades tinham que estar no blog!).