Este post vou dedicá-lo aos meus amigos amantes de gatos. Mas os outros amantes de gatos podem ofender-se de igual maneira, que eu não me importo.
Depois de todas as boas críticas à foto do Sam (Vd. Alimárias de estimação), achei que devia arranjar um gato feio e dizer tudo o que de mau me vem à cabeça sobre gatos. Na realidade, até nem acho o gato da foto feio, ele tem um certo “je ne sais pas quoi” que me agrada. A minha mãe diria que é por ser esquisito e ter cara de mau. Eu diria que ela é capaz de ter razão.
Gatos, essas criaturas manhosas e matreiras que só nos ligam quando precisam que lhes enchamos a gamela. Nem vocês, amantes de gatos podem contrariar esta teoria, visto que têm em casa capetas que vos comprovam todos os dias a validade da mesma.
Porque esta sanha toda aos gatos? Porque já fiquei com um pendurado no lábio. Sim, quando era uma teenager inconsciente e não sabia o quão más podiam ser estas criaturinhas, fiz uma festa ao gato da minha tia. O gajo, por represália, pendurou-se-me no lábio. Como acham que fica um lábio depois de um gato de bom porte se pendurar nele? Eu digo-vos: inchado e sangrento.
Tenho especial sanha aos gatos siameses. Para meu azar, toda a família da minha mãe se pela por esta raça, logo há catrefadas deles quando os vou visitar.
Vou dar um exemplo: Patica (gata siamesa dos meus tios). Para começar, que nome de chacha é este para dar a um animal? Este é de longe o bicho mais peçonhento que conheço (tirando um certo animal que eu disse que não ia sequer difamar neste blog…). O pessoal que acha que os animais têm memória curta, devia conhecer a boa da Patica. A gaja lembra-se das ocasiões em que supostamente lhe fizemos mal e vinga-se passado muito tempo. Tipo, eu não durmo com gatos, logo ponho-a fora do quarto antes de ir dormir. A primeira coisa que a gaja faz quando me vê no dia seguinte é dar-me uma arranhadela. Que bichinho adorável, pá.
Outro exemplo seria a Ritinha, gata siamesa da minha tia, mas o animal está presumivelmente morto e não se deve difamar os defuntos. Diga-se apenas que tinha o mau hábito de fazer das pessoas pista de aterragem quando se atirava de cima do armário. Dá um novo significado à expressão “It’s raining cats and dogs”. Só estou ainda no mundo dos vivos porque não sofro do coração.
Que as pessoas tenham cães, eu ainda entendo. Ficam contentes quando chegamos a casa, são afáveis e trabalham quando treinados para isso. É só ver o “Trabalho para Cachorro” no National Geographic. Ajudam pessoas com limitações físicas e até ligam para as emergências quando os donos estão em apuros (ouvi falar de um caso destes na CNN).
E que fazem os gatos por nós? Ignoram-nos, agridem-nos sem motivo aparente, não fazem absolutamente nada em casa e só se lembram da nossa existência quando precisam de nós. E apesar de sabermos que as bruxas têm sempre um, aparentemente é sempre para fins decorativos porque não consta que façam nada.
Sim, sou gatista assumida. Reclamações e mensagens de apoio nos comentários, bitte.
PS: A foto do gato ilustra o anúncio a um espectáculo de dança chamado Nightshade a ter lugar nos dias 10 e 11 de Novembro, no Teatro Camões. Pensei que, se lhes fizer publicidade, não me processam por usar a foto…
my precious friend, não poderia deixar de defender esta raça felina que tanto adoro..como com tudo na vida até com os animais de estimação é preciso ter sorte e eu.... tenho a sorte de ter dois exemplares da especie que são tão meigos e colas que às vezes até chateiam, não nos largam o colo, não nos largam a cama e quando chegamos a casa temos sempre os dois especimes a rebolarem-se no chão a pedir festas...talvez tenha havido um cão tetravô....(isto nunca se sabe)...quem sabe cara amiga talvez te tenhas spenas cruzado com os gatos errados. e não posso deixar nunca de frizar as qualidades supra do gato...o gato fica sozinho em casa e não chora, o gato não precisa que o ponham a fazer xixi, o gato gere a sua comida que gentilmente é depositada na taça ao longo do dia, o gato não cheira mal e lava-se várias vezes ao dia, o gato faz rom rom que é altamente relaxante e o gato também ama o seu dono contrariamente ao que muita gente pensa....quereis melhores razões para ter um gato?
ResponderEliminarmiau
Respeitinho é muito bonito e eu gosto e exijo!!! (vide frase “tirando um certo animal que eu disse que não ia sequer difamar neste blog…”)
ResponderEliminarQuanto à teoria –sim, não passa de uma teoria!- que os gatos “ignoram-nos, agridem-nos sem motivo aparente, não fazem absolutamente nada em casa e só se lembram da nossa existência quando precisam de nós”, como sou masoquista, sorvo estas suas palavras como Baco sorvia Vinho!
Se a demoiselle tem um problema com gatos… bem, cada um tem o que merece!!! Sabe, demoiselle, é que os gatos cheiram à distância quem não gosta deles e é justamente quando mostram a sua raça!
He he he
ResponderEliminarGatos, gatos, gatos - o que eu adoro gatos!
Cá em casa há um com um nome digno de se lhe tirar o chapéu: Pantera. Tem um ar de pateta fofo que é obra. :) É muito meigo e pachorrento.
Dormimos normalmente abraçados, outras vezes costas com costas para nos aquecermos sempre bem.
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Os Gatos...
ResponderEliminarbom... em 1º lugar são muito fotogénicos... ficam bem em qq fotografia... e em 2º lugar a autonomia deles é extremamente útil... ou seja, não nos melgam e principalmente não andam sempre atrás de nós com ar faminto e desgraçado... No entanto, não deixam de ser meiguinhos e ternurentos!!
Confesso que estou um bocado triste por ninguém ter alinhado nas minhas críticas aos gatos, mas adiante. Por outro lado, fico contente por ter atraído novos comentadores.
ResponderEliminarConfesso que já andava à procura de um "gato feio" há algum tempo para escrever este post. Quando vi o Nightshadow, achei-o perfeito. Logo no mesmo dia vou ao blog da Velvetsatine e dou com uma carrada de fotos de gatos. Pensei: isto é Deus a dar-me um sinal para eu falar dos gatos.
E pronto, let there be posts about cats...
Bom...tenho que concordar, em parte, com a autora do post...Eu que vivi rodeada de animais...calhou "conhecer" ao longo de todo o meu crescimento vários felinos de porte pequeno...e posso-vos dizer que, tal como as pessoas,os animais têm a sua própria personalidade. Isto para dizer que tive gatos que eram umas autênticas bestas...arranhavam sem qualquer aviso...cravavam as unhas pelas pernas acima e mordiam sem dó nem piedade. Geralmente, na minha opinião, eram os siameses os mais "bravos". Mas haviam os que eram uma ternura...que roçavam nas pernas...miavam...por vezes parecia que tentavam articular palavras...respondiam aos nossos apelos...enrolavam-se numa bola de pêlo e pareciam peluches. O ronrar deles...nunca me acalmou...pelo contrário...akilo parece uma farfalheira...mas é a indicação de que as criaturas estão tranquilas a fazer o seu sono de beleza. Quanto ao odor...são muito limpinhos, são...mas se fizerem as necessidades numa caixa dentro de casa(felizmente nunca tive caixas dessas ;))...pfffff...é um odor...cruz credo!... e ainda há alguns que mesmo com caixa...quando querem marcar território...fazem-no como se fossem cães (mas sem alçarem a perna)e quando isso acontece...ui que cheiro...mas um animal é um animal...e todos eles...se soubermos dar-lhes o espaço para a sua personalidade...são sempre muito recompensadores ;)
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