Lutas - parte 2

(continuação)

Queriam meter-me numa embrulhada. Que chamavam a policia e que me iam processar por agressão. Que o advogado deles me havia de contactar, dizia a gaja aos berros....ppffffff...Eu agarrei-lhe nas guedelhas, puxei-lhe a cabeça para trás e para minha surpresa fiquei com as mãos cheias de cabelos, ou melhor fiquei com as extensões dela nas mãos...ahhhh...e disse-lhes com a maior das calmas: Eu vou anotar a matricula e com os contactos que tenho podem crer que eu vos encontrarei, a vocês e ao vosso advogado...
Eles entreolharam-se ainda resmungaram, meteram o rabo entre as pernas e foram-se embora. Passado uns dias recebi uma visita em casa. Não, não era o advogado. Era o meu...descobridor!
Esticou-me um cartão e disse-me que tinha ouvido a história da minha "luta" e tinha querido ver-me. Eu perguntei-lhe com o sobrolho levantado. Porquê? Quer também levar umas lamparinas? Ele riu-se. Eu não achei grande piada. E depois explicou-me o porquê da sua visita.
Tinha um espaço nocturno e estava a pensar em dinamizar o seu negócio e que agora que me tinha visto sabia que eu era a pessoa perfeita para ocupar o lugar que ele tinha em mente e que pagava bem caso me saísse bem.
Ele viu que eu não estava a gostar da conversa e apressou-se em explicar que só tinha que fazer o que parecia fazer tão bem: Lutar com alguma garra, derrotar adversárias só que tinha que me adaptar à farda de luta.

(continua)

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