Nasci num meio pobre. A minha mãe abandonou-me quando eu era pequeno e fui deixado ao cuidado dos meus avós. Cresci num meio pobre. Eles eram a minha ponte de salvação a esta vida. Por eles fui à escola mas não era bom aluno, devo te-los desiludido mas sempre gostaram de mim. Meti-me em experiências não muito boas. Tinha a perfeita consciência quando estava sóbrio que aquilo era errado. As pessoas acreditavam em mim diziam que eu tinha bom feitio e que se me conseguisse endireitar que as coisas correriam melhores. Não sei. Também pensava isso mas...ou talvez nem pensasse...era difícil estar sóbrio e fazer contas à vida. Os meus avós faleceram mas felizmente fiquei com a casa deles. Apesar de algumas pessoas dizerem que aquilo era pardieiro, de 10 x 11 metros quadrados, para mim chegava perfeitamente. Pelo menos era um tecto. Tive alguns empregos que nunca deram resultado. Era difícil porque a vontade era pouca e o corpo pedia descanso quando a mente quase ficava lúcida.
Há dois anos descobri que não era único...ou melhor que havia outro igual a mim. Refiro-me a um irmão gémeo! Conheci-o, quase por acaso, quando ele me procurou e disse um olá tímido. Pensei que me estivesse a ver ao espelho mas aquele que eu via estava limpo, bem vestido, bem calçado e não andava aos tropeções! Era...eu...só que numa versão melhorada. Eu podia ter sido assim mas não fui...foi ele! Ainda bem...se somos dois que pelo menos um de nós seja assim...uma pessoa de bem! Não que eu seja uma pessoa de mal...não, pelo contrário...nunca fiz mal a ninguém, nem nunca me chateei com ninguém. A vida para mim não foi cruel...eu é que passei nela cruelmente...e só tive consciência disso naquelas escadas...enquanto pedia ajuda para me levantar e ninguém QUIS ouvir! Enquanto bradava desesperado, por uma nova oportunidade de poder dizer um dia um olá tímido ao meu irmão...eu bem vestido, eu bem calçado...ser uma pessoa de bem, a vida fugia! E eu depois da ebriedade finalmente soube...num ínfimo momento de sobriedade...que me fui...da vida!
Há dois anos descobri que não era único...ou melhor que havia outro igual a mim. Refiro-me a um irmão gémeo! Conheci-o, quase por acaso, quando ele me procurou e disse um olá tímido. Pensei que me estivesse a ver ao espelho mas aquele que eu via estava limpo, bem vestido, bem calçado e não andava aos tropeções! Era...eu...só que numa versão melhorada. Eu podia ter sido assim mas não fui...foi ele! Ainda bem...se somos dois que pelo menos um de nós seja assim...uma pessoa de bem! Não que eu seja uma pessoa de mal...não, pelo contrário...nunca fiz mal a ninguém, nem nunca me chateei com ninguém. A vida para mim não foi cruel...eu é que passei nela cruelmente...e só tive consciência disso naquelas escadas...enquanto pedia ajuda para me levantar e ninguém QUIS ouvir! Enquanto bradava desesperado, por uma nova oportunidade de poder dizer um dia um olá tímido ao meu irmão...eu bem vestido, eu bem calçado...ser uma pessoa de bem, a vida fugia! E eu depois da ebriedade finalmente soube...num ínfimo momento de sobriedade...que me fui...da vida!
Não acredito em clonagem, mas o texto está fixe, lição de vida nem as aparências indiciam felicidade, nem a felicidade é vitalicia, quanto aos gêmeos, percursos diferentes vidas distintas mas os genes são iguais...gostei sim srª.
ResponderEliminarA vida talha-nos a personalidade digo eu!......
:)
o pior PP é que é uma história a roçar o real...o resto imaginei...mas os factos são bem reais!
ResponderEliminarSério? Então porque é que aquele que está bem de vida não dá a mão ao outro...ou já é tarde...sorry se estou a meter os pés pelas mãos..não digo mai nada
ResponderEliminarJá é tarde...ele foi-se da vida!
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