Alimárias de estimação


Já tivemos aqui vários posts a louvar (ou nem por isso) os respectivos animais de estimação das colaboradoras deste blog, por isso, achei que era apenas justo eu falar das minhas experiências com os membros do Reino Animal (não todas, claro, para não chocar a assistência…)
Tivemos aqui a facção canina a falar e também conheço uma grande facção felina, mas a verdade é que não tenho nem nunca tive cão ou gato. A minha mãe diz que gosta muito de animais, mas só na televisão e em fotografias. Coitadinha, ela até tem razão em não gostar da proximidade dos animais porque foi agredida por eles em, pelo menos, duas ocasiões da sua vida.
Quando a minha mãe tinha 7 anos, foi atirada ao ar por um cavalo que achou por bem abocanhar-lhe o vestido (e respectiva chicha por baixo da roupa) quando ela lhe passou por baixo da cabeça. Mais tarde, quando a cegonha já me tinha entregue na soleira da porta dos meus pais, a cadela da minha vizinha mordeu-lhe a nalga quando ela tentou separar uma briga entre as donas. Pronto, temos de convir que a senhora tem razão em não querer animais ao pé dela.
Consequentemente, só tive periquitos e peixes, animais delimitados no seu habitat e logo de perigosidade controlada. Certo? Errado.
Para quem não está familiarizado com os peris, são aqueles passarinhos pequenos, com ar inofensivo e de bico muito afiado. Confesso que nunca fui mordida por nenhum e tive muitos. Claro que a explicação para nunca ter sido mordida é que nunca pus a mão dentro da gaiola (chamem-me parva…). Quem os apanhava quando eles fugiam era a minha mãe e ela tem as cicatrizes para o provar.
Os meus peixes nunca fizeram mal a uma mosca porque as moscas não são parvas de entrar dentro do aquário. Já os peixes da amiga a quem os dei quando decidi que afinal não os queria, não saíram ilesos. Acho que só sobrou um dos peixinhos que eu lhe dei que tinha o nome carinhoso de piranha. Ela foi avisada deste facto antes de os receber, mas achou que eu estava a ser espirituosa. Ainda bem que não estamos nos EUA ou eu via-me grega para pagar a indemnização.
Os últimos animais que tive foram, espanto dos espantos, dois periquitos. Quis o destino que fossem ambos machos. Estão a ver a paródia que ia naquela gaiola, não estão? Detestavam-se profundamente e andavam sempre à bulha. Acabei por os dar à minha vizinha de baixo quando os dela morreram porque o neto sentia muito a falta deles (nesta parte, a doutrina divide-se: há quem diga que foi por este motivo, há quem diga que foi para poder comprar mais um bonsai. Vocês decidam).
Se arranjasse casa ou a minha mãe mudasse de ideias, arranjaria eu um animal para me fazer companhia? Provavelmente, não.
De qualquer maneira, nunca teria um gato, porque para manhosa e exigente já basto eu. E só se me mudasse uma vivenda e para conseguir dormir à noite sem medo, é que arranjaria 3 rottweilers, 2 dobermans e 5 leões da Rodésia. Só que verdadeiramente não seriam animais de companhia, mas sim máquinas de matar.
A meu ver, animais em casa só de peluche, que têm 4 vantagens sobre os verdadeiros: não mordem, não fazem as necessidades no tapete, não fazem barulho e não morrem.
PS: Existem fotos de alguns dos meus periquitos, mas preferi presentear-vos com uma foto do Sam, o cão mais feio do mundo (agora já não é, porque infelizmente esticou o pernil). Tem um lindo sorriso, não tem? Vá lá, não sejam assim. O mundo não é só dos bonitos.

7 comentários:

  1. Não consigo fazer comentários ao post, pois estou em estado de choque perante a imagem anexa! A criatura chamava-se SAM??? Seu Assustador Monstrengo?!
    Ah, mesmo que recupere do choque, não farei comentários... por represália! V. Exa. podia ter usado uma foto da minha gata, como não usou, não comento nada!!!

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  2. como assim que foi "postado" esta bela história fui intimada (os termos jurídicos são como a coca-cola: primeiro estranham-se, depois entranham-se) a comentar, cá vai: sempre quis ter animais, a minha mãe nunca esteve para aí virada, portanto os meus pais deram-me dois peixes (que, para mim, andam no meio termo). a vida corria bem aos animais visto que, sempre que um membro da familia lá passava pelo aquário, ganhavam comida extra (tinham pena da boca sempre aberta..diziam!). assim, os bichinhos não duraram um mais de mês! o caricato é que ao primeiro falecimento, do zeca, eu estava sozinha em casa e devia ter perto de 12 anos. contra todas as expectativas relacioandas com a morte daquele animal tão amorfo, tão enjoado, que nem olhava sequer para mim, larguei num pranto e liguei completamente desesperada para a minha mãe. segundo ela (eu não acredito mas...)eu, comovida, entre soluços, parece que só dizia: "ele morreu! acordei e ele estava morto". a minha mãe assustou-se, pensando que era um membro da familia..quando, finalmente, gemi que era o zeca ela ia-me matando! a partir daí ficaram banidos os peixinhos e, ainda mais, todo e qualquer animal...

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  3. Cara Miss Precious.
    Desde já deixe-me felicitar, a si e às suas colegas blogueiras, pelo blog. Foi sem dúvida uma mais valia o convite da Kruella para si e para a Semidays em colaborar com os vossos textos. Feita a troca de galhardetes e elogios, deixe-me rectificar o termo "Leões da Rodésia" porque o país é independente desde 1965, adqurindo desde essa altura o nome do Zimbabué.

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  4. opa...o cão nessa foto ja não está lá muito bem...já não tem alguns dentes...parece que também não tem uma visão muito apurada...e já nem tem Pêlo (é dos pelados?)
    Ele não estará embalsamado nessa foto?...LOL

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  5. Eis a resposta por interlocutores:

    Cara Tiazoca
    Não fazer comentários seria acabar após a expressão "imagem anexa". E deixe-me tirar-lhe desde já as ilusões, a sua gata nunca aparecerá neste blog, nem para ser difamada. Se quer que a sua coisa peçonhenta apareça num blog, vai mesmo ter de criar um.

    Cara Xaneca
    Estou ansiosa por ver quantas variações nas terminações do prefixo Xan ainda vai fazer nos comentários deste blog. E também já percebemos que os seus traumas se devem à morte do Zeca e não a moi.

    Caro Oliude
    Espero que não tenha só respondido a este post porque viu algumas semelhanças entre a sua foto e a foto do Sam. ;)
    Agradeço as felicitações mas vai levar a rabecada à mesma. A raça de cães de que falo chama-se Leão da Rodésia e não passou a chamar-se Leão do Zimbabué em 1980 (em 65 foi a independência mas o nome manteve-se, informação cortesia na National Geographic) quando o país mudou de nome. As espécies animais não estão sujeitas aos caprichos dos países que têm síndrome Puff Daddy e estão sempre a mudar de nome. A propósito, existe ainda uma região no país, chamado Rodésia do Sul.

    Cara Kruella
    O canito não está embalsamado. Trata-se de um chihuaha que sobreviveu a um incêndio. Podem ler a história dele neste site: http://www.samugliestdog.com/

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  6. Coisa Peçonhenta é VOSSEMECÊ!!! E quanto a criar um blog... BOA IDEIA! Assim faço-lhe concorrência e não tenho que ver posts sobre "chihuahas que sobreviveram a um incêndio"!!!

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  7. miss precious queres melhor razão para ter um animal de estimação do que identificares-te com a sua personalidade? e só te digo minha amiga ter um gato (e estou a referir-me aos de 4 patas) a aquecer os pés no inverno....é dubest!

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