Animais campestres!!!


Ai…ai! Que anjinho!!!
Eu sou, com muito orgulho, uma mulher do campo. Nascida e criada no Ribatejo, fui desde tenra idade criada entre os animais (não…não foram os touros – animais que ainda hoje me habitam os pesadelos, por causa de um encontro quase imediato de 1º grau, tendo-me safado devido a uma cerca de arame farpado) desde uma imensidão de cães, gatos, ratos, galinhas, patos, carneiros, porcos, vacas, coelhos, ouriços, pombos, formigas, lagartas, caracóis e caracoletas…enfim podia descrever mais alguns mas provavelmente a maioria das pessoas nem saberá do que falo…a não ser que sejam telespectadores do canal Odisseia ou National Geographic.
Este texto surge em consequência não só do texto de Miss Precious como dos comentários a ele inerentes. Já me tinha apercebido, quando vim para a cidade, de que haviam pessoas que não tiveram qualquer tipo de contacto com animais (irracionais porque há sempre os condutores – essas animalárias com um volante nas mãos) e na minha kruel opinião essa é uma falha muito grande. É de facto muito triste que não exista sequer um contacto com os animais mais pequenos (únicos que ainda vão podendo habitar os pequenos apartamentos) porque estes presenteiam-nos sempre com uma amizade incondicional e muito recompensadora. Fiquei deveras impressionada, apesar de ter disfarçado com o meu sorriso amarelo, com uma das minhas amigas que pelo facto de ter sempre vivido na cidade nem sequer sabia como era uma galinha poedeira…C’um catano
Mas nem tudo são rosas…não…não! A dor também nos assola quando perdemos um dos nossos amiguinhos…e eu tive bastantes…tive um patinho bravo que tendo ficado órfão ficou sob a minha responsabilidade (na altura devia ter uns 13 a 14 anitos) era a coisa mais fofa do mundo e crescia a olhos vistos até que um cão (instinto caçador) o abocanhou e ele não resistiu…tendo morte imediata (estava a descrever como ele tinha ficado…mas achei melhor apagar e escrever “morte imediata”…para as pessoas mais sensíveis não ficarem horrorizadas com as imagens que as minhas descrições podiam suscitar…tal filme de terror…só que com animais). Esse cão (o tal que matou o pato)…que foi um bom camarada nas minhas brincadeiras de cachopa…brincava sem um único queixume (às vezes fugia-me…nunca percebi muito bem porquê…uma vez que as nossas brincadeiras eram super divertidas). Acho que me adorava…ele e um gato que andou tanto pelo ar que até dançava rock (e que por acaso…agora que me lembro…também me fugia…quando eu punha a música a tocar). Hum…estava-me a ocorrer uma ideia mas…não…acho que eles me adoravam mesmo (prefiro pensar que sim!). Bom isto para dizer que também eles tiveram um fim trágico que trouxe muito sofrimento para a minha família. O gato teve um acidente de viação e teve que levar com uma injecção letal para pôr fim a tanto sofrimento. O cão teve uma doença e apesar do azeite que levou pela goela abaixo não conseguiu resistir.
Naquela altura os veterinários só eram chamados para os animais de médio e grande porte porque eram estes que davam “lucro” à casa por isso o meu pai era o Vet do restante zoo. Havia uma galinha que andava mal disposta…penas a levantarem…o remédio era…azeite goela abaixo. O cão andava com a barriga inchada…azeite pela boca abaixo…um coelho andava mais escanzelado…azeite pela goela abaixo. Eu lá me fui safando ao azeite (nem sei como porque também era animal de pequeno porte que não dava lucro à casa)…ainda tomei óleo de fígado de bacalhau…Bom…como sempre perdi-me no que queria dizer…
(Ah…é verdade…tenho que falar da foto…não está aqui por acaso…)
Bem…nós não nos podíamos “agarrar” emocionalmente a todos os animais porque alguns acabavam no prato…mas…se tivesse animais destes (foto) não só me agarrava a ele como o depenava, esfregava-o (não com azeite mas podia ser…) com chocolate derretido, lambia-o e ainda o comia …no prato! O arrotão que eu não devia de dar no final da refeição!!! Toma Vai buscar…

5 comentários:

  1. Ainda não tem nada escrito but I like it already!!!! ;)

    ResponderEliminar
  2. eu nem comento que posso ser mal interpretado...mas se os anjinhos sao assim, quando morrer vou ser um...
    a nao ser que seja verdade que os anjinhos "nao tem sexo"....isso é ke nao pode ser...ja nao chega ser "anjinho" e ainda por cima "nepias"?
    "nnahhhh me chera"

    ResponderEliminar
  3. Kruella, isso de desejar um anjo é uma heresia... e das grandes. São 27 Avé Marias e outros tantos Pais Nossos para te desviares do caminho do pecado.

    ResponderEliminar
  4. Ai valha-me Nosso Senhor! Nem sei o que dizer… mas aqui vai!
    1. Senhora Kruella, isso de uma das suas amigas que sempre viveu na cidade não saber o que era uma galinha poedeira, não se aplica a todos os ANIMAIS CITADINOS, ok? Ich bin um bicho de cidade e no entanto percebo de bicharada! De todos os tipos! Quem frequentou o Bairro Alto nos ’80 sabe a que me refiro! ;-)
    2. Nunca vivi numa quinta, ao contrário da minha progenitora, no entanto já tive o prazer de contactar com vários animais, entre eles um tigre (lindo!!!), um chimpanzé, e uma iguana... E não sou daquelas meninas da cidade que ficam histéricas na presença de um gato!!! Até porque vivo com um… mais propriamente, uma gata!
    3. E quanto ao anjos… apesar de ser uma moça católica, não sou dada a anjos… talvez por achar que são todos papudos! Mas se a Senhora aprecia a espécie em questão, GO AHEAD! Eu fico-me pelos terrenos, e basta!

    ResponderEliminar
  5. Confesso que estou um bocado à toa com este post, não sei se comente o anjo, não sei se comente os animais. What the hell, comento os dois.
    O ZCR tem razão, o rumor diz que os anjos não têm sexo, o que seria uma grande treta. Nesse caso, vem-me à mente aquela anedota "tanta dinamite para tão pouco rastilho"...
    Por outro lado, foi bem ilustrado o ponto quanto à morte dos bicharocos. Uma pessoa apega-se a eles e os gajos tendem a morrer antes de nós, o que é uma grande tristeza (não que eu queira morrer antes deles, bem entendido).
    Ainda bem que te safaste ao azeite. Mas já agora esclarece-nos qual era o grau de sucesso do teu pai no tratamento dele.

    ResponderEliminar